Deixem-me na minha rede

Meus amigos, tenho uma confissão a fazer: Tenho verdadeira ojeriza por exercícios físicos! Por onde ando só ouço falar em academias, step, cooper, hidroginástica etc. Noite destas, sonhei que era perseguido por um destes estranhos aparelhos que existem nas academias com tubos cromados, discos de ferro, pequenas almofadas e os braços eram de fios de aço com pesos nas pontas. Um terror! Corri tanto no sonho que creio ter perdido uns dois quilos quando acordei!…

E isto me preocupa! Imaginem que nem estou conseguindo mais ver com bons olhos a silhueta das mocinhas que passam com aquela roupa de ginástica bem grudada ao corpo. Epa! Isso é grave…

O café-da-manha lá em casa agora parece filial do consulado americano: o suco de laranja é diet? O requeijão é light? Olho o pão francês e juro que ele me olha de volta com um olhar de tristeza. Ele, como eu, tem sofrido com toda essa onda de geração saúde. Agora entra em cena o pão integral. Chega à mesa com um jeito arrogante de quem veio para resolver todas as barriguinhas de cerveja lá de casa.

Adeus, queijo prato derretido com presunto e catchup. Fomos felizes. Foi bom enquanto durou…

Ah! E ainda tem os neuróticos com a balança. Os ponteiros desta máquina inofensiva passaram a ser mais perseguidos do que membros da Al-Qaeda.

Dia desses aguardava ser atendido na farmácia quando comecei a observar os olhares das mulheres que desciam da balança. Eram olhares de tristeza, de culpa. Umas amaldiçoando a fatia a mais de pizza do fim de semana anterior. Outras com cara de choro, talvez fazendo promessa de se internar num convento… Talvez pelo sentimento de culpa. Mas todas com cara de quem comeu, gostou e agora se arrependia pelo prazer sentido.

No meu prédio tem um desses neuróticos por exercícios físicos. Como eu o cumprimentei no dia em que se mudou achou-se no direito de me convidar para acompanhá-lo em suas corridas matinais.

Cinicamente diz que é coisa pouca… só 18 km por dia. Num cálculo rápido, vi que estaria perto do Pilar se fosse acompanhar esse doido. Agradeci e caí fora. Já agradeci mais seis vezes, mas não adianta: Aonde ele me vê, faz o fatídico convite: E aí? Vamos amanhã dar nossa corridinha?

Já matei metade da minha família como desculpa e agora estou eliminando metodicamente a família da minha mulher… Outro dia, ele meteu na cabeça que me levaria a qualquer custo para a academia. “Passo na sua casa às 5 horas, ok?”, ameaçou. Antes mesmo do horário combinado deitei no sofá para assistir um filme. Peguei no sono.

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