As lágrimas passeiam pelo rosto…

Existem páginas na Internet que para mim são visitas obrigatórias. Uma delas é o blog do jornalista Carlos Nealdo. O misto de humor e lirismo que encontro naquele lugar virtual, soa às vezes como um local propício para respirar em contato com arte pura. Sem subterfúgios. Simplesmente o dom da palavra. Dom que eu sempre admirei e me esforço constantemente para conseguir estar perto dele. Sou uma imitação de escritor em busca da pena perdida dentro de mim…

No dia 27 de junho, Nealdo publicou um texto chamado “Passeio no Paraíso”. O texto dialogou comigo. Confesso que – assim como a pequena Isa (filha de Carlos Nealdo e personagem principal do texto) – as lágrimas quiseram passear em meu rosto. Também tenho a experiência da paternidade descrita no texto do grande jornalista. Há tempos fiz aqui um artigo sobre a minha pequena Beatriz Vilar, que ultrapassou os dois anos de idade todo dia aprontando das suas.

Bia me “reensinou” o significado da palavra humor. Em cada nova frase. Uma garota sensível, cheia de um charme peculiar e de tiradas fantásticas. Será corujismo, meu amigo Nealdo? Será? Bem, e no fim são os momentos mais sublimes que se fazem de os mais profundos.

Permitam-me tornar público alguns momentos com Beatriz Vilar. A frase preferida dela ao me ver sair: “Papai vai trabalhar para comprar bolo de laranja”. Ou então um episódio que fez a mim a minha esposa rir muito no telefone. Quando sai ontem de casa, Bia me interpelou: “Ei, vai para onde?”. Prontamente, eu respondi: “Vou para o trabalho filha”. Ela se espantou: “Para o trabalho?!”. Eu disse: “Sim”. Ela parou e me olhou como se fosse muito mais alta que eu. Sabe-se lá o que ela refletia em silêncio, mas me seguiu até a porta da casa e finalizou: “Vá, mas tome cuidado viu!”.

No mesmo momento liguei para minha esposa e contei o episódio. Minutos depois minha esposa me liga dizendo que chegou em casa: “Acabei de chegar, sabe qual foi à primeira coisa que a Bia me disse”. Eu: “O que foi?”. Minha esposa: “Ela virou para mim e falou: ‘Olhe, o seu marido já foi para o trabalho’”.

Numa dessas tardes, a Beatriz Vilar também conseguiu protagonizar um momento fantástico que me encheram os olhos de água. Meu amigo Nealdo, as lágrimas quiseram passear pelo rosto. Deitado com ela na cama, Bia me disse: “Pai, deixa eu deitar em cima de você”. Eu: “Claro filhinha venha”. Ela: “Posso abraçar”. Eu: “Pode sim”. Foi então que ela cantou a musiquinha de um dinossauro roxo chamado Barney: “Eu te amo, você me ama. Nós somos uma família feliz. Com um forte abraço e um beijo te direi, todo o meu carinho é para você”. Eu nunca me imaginei beirar os 30 anos decorando músicas infantis que – quem diria – muito me emocionam.

Acho que o Carlos Nealdo sabe bem o que é isso. Entrem em http://tapadehumor.blogspot.com e leiam Passeio no Paraíso…Emocionem-se com a pequena Isa falando: ai, estou tão feliz que as minhas lágrimas querem passear…

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