Caixa-preta aponta que avião desacelerou após pousar; colisão foi a 175 km/h

FolhaEscombros do prédio da TAM, destruído pelo acidente

Escombros do prédio da TAM, destruído pelo acidente

O Airbus-A320 da TAM que sofreu um acidente na última terça (17), em São Paulo, bateu e explodiu no prédio da TAM Express estava a 175 km/h.

Quando pousou, estava na velocidade padrão para o procedimento, entre 240 km/h e 222 km/h. Essa informação faz parte dos primeiros dados retirados da caixa-preta pela NTSB (National Transportation Safety Board), em Washington, EUA.

Cerca de 200 morreram na tragédia, entre passageiros e pessoas em solo, no pior desastre da aviação brasileira.

A informação foi repassada nesta terça-feira a repórteres pelos deputados Marco Maia (PT-RS) e Efraim Filho (DEM-PB), que acompanham os trabalhos da NTSB. Diferentemente de ontem, os parlamentares evitaram comentar o significado desse dado perante a investigação –se ele indicaria que o piloto tentou frear a aeronave em vez de arremeter, por exemplo.

Ontem pela manhã, Efraim chegou a afirmar por telefone a rádios e sites brasileiros que as primeiras análises da caixa-preta mostravam que o piloto do Airbus não tinha tentado arremeter. Entretanto, posteriormente, ele recuou.

Tanto a caixa-preta que grava as conversas no interior da cabine da aeronave quanto a que contém dados do vôo –como altitude e duração– estavam em perfeitas condições. Finda a fase de extração das informações –não todas, mas as que interessam–, os técnicos da NTSB passarão à padronização e à sincronização dos dados dos dois equipamentos. No Brasil, deve ser montada, a partir dessas informações, a reconstituição do acidente, que também causou um incêndio de grandes proporções..

O relatório final da NTSB pode levar mais de um ano para ficar pronto.

Congonhas

Nesta terça-feira, o aeroporto de Congonhas enfrenta problemas devido ao mau tempo. O terminal fechou para pousos por quase três horas no começo da manhã, fechou mais uma vez às 11h05, chegou a reabrir às 14h, mas fechou às 15h22. Como os aviões não chegam, as decolagens também estão praticamente paralisadas.

Das 6h às 14h, das 143 partidas programadas, 73 foram canceladas –o equivalente a mais de 51%. O número inclui parte das 68 decolagens que a TAM, sozinha, cancelou.

O caos em Congonhas afeta todos os grandes aeroportos do país.

Fonte: Folha

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