Parte do prédio da TAM atingido por Airbus resistiu à implosão

G1Explosivos não conseguiram derrubar parte do prédio da TAM Express; máquinas terão de ser usadas

Explosivos não conseguiram derrubar parte do prédio da TAM Express; máquinas terão de ser usadas

Uma parte do prédio da TAM Express precisará ser derrubada com ajuda de máquinas. Ela não caiu com a implosão do edifício realizada na tarde deste domingo (5). Para colocar o galpão abaixo, foram usados 75 quilos de explosivos. O prédio foi atingido por um Airbus da companhia que não conseguiu parar na pista principal de Congonhas, em 17 de julho. No total, 199 pessoas morreram no acidente, a maior tragédia da aviação brasileira.

O engenheiro responsável pela implosão, Manoel Jorge Dias, explicou que, por questões de segurança, uma pequena carga de explosivos foi colocada na extremidade. Esta parte do prédio fica próxima a imóveis, por isso a opção pela menor quantidade. Com a estrutura abalada, a parte do prédio, com cerca de seis metros de altura, será derrubada com máquinas ainda neste domingo, de acordo com previsão do engenheiro.

A implosão do galpão da TAM Express aconteceu às 15h30 deste domingo e durou três segundos, de acordo com os cálculos da Defesa Civil. Setenta e cinco quilos de explosivos foram colocados nas colunas de sustentação do prédio. Eles foram acionados a uma distância de 150 metros do prédio, por uma espécie de pistola.

Uma sirene foi disparada às 15h29 para avisar da operação. No lugar do prédio, deverá ser construído um memorial em homenagem às 199 vítimas do desastre.

Interdições

Moradores de quatro quarteirões nos arredores do edifício tiveram de sair de suas casas, por precaução. Também por causa da implosão, ruas e avenidas da região foram interditadas. O Aeroporto de Congonhas permaneceu fechado e voltou a operar para pousos e decolagens às 16h.

Seis equipes da Limpurb e da Subprefeitura de Santo Amaro, com 36 homens no total, trabalham na limpeza do entorno do acidente. Serão usados 12 caminhões-pipa, duas pás carregadeiras, uma escavadeira e uma retroescavadeira. A prioridade é limpar a Avenida Washington Luís, que deve ser liberada até 18h deste domingo.

O governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab assistiram à implosão. "A implosão de hoje encerra uma etapa neste processo tão doloroso. O que volta neste momento é a tristeza daquela noite. Se o inferno tiver uma imagem é a que vimos na noite do acidente". Para Kassab, "mais importante do que qualquer palavra é a imagem da demolição, que é uma imagem muito, muito triste".

Fonte: G1

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