Tabeliã do cartório de Murici será ouvida na Corregedoria Geral de Justiça

A tabeliã do cartório de Murici, Maria de Lourdes Ferreira, será ouvida – na tarde de hoje, às 14 horas – na sede da Corregedoria Geral de Justiça. A Corregedoria decidiu intervir nas ações do cartório de Murici após denúncias de supostas irregularidades. A primeira ação tomada pelo desembargador Sebastião da Costa Filho foi a de afastar Maria de Lourdes, no dia 30 de julho deste ano.

O pedido de intervenção foi feito pelo juiz auxiliar, Sóstenes de Andrade, depois que encontrou duas representações que tramitam na Justiça. As duas tratam de dificuldades na obtenção de certidões de imóveis.

Uma delas é movida por Genival Mendes de Melo que arrematou uma fazenda em uma causa trabalhista, mas descobriu que a terra pode sequer existir, por ter sido incorporada a outras propriedades. A outra representação é da Procuradora da República no Estado de Alagoas, Niedja Kaspary.

Kaspary diz que certidões foram negadas, quando pedidas com a intenção de instituir uma estação ecológica na cidade de Murici. Na representação, a procuradora alega que diversos depoimentos indicam a existência de grilagem nas terras da região.

O afastamento da tabeliã também fazia parte das reivindicações dos quatro movimentos sem-terra que invadiram – há cerca de 15 dias – a fazenda Boa Vista, que pertence ao deputado Olavo Calheiros (PMDB), irmão do senador Renan Calheiros. Olavo Calheiros é acusado de se beneficiar com as grilagens, tendo apoio dos funcionários do cartório e da tabeliã.

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