Tito Uchôa é acusado de fraude

Ildefonso Antônio Tito Uchôa Lopes, um dos supostos laranjas dos negócios de comunicação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) em Alagoas, foi acusado formalmente pelo Ministério Público Federal, em novembro do ano passado, por improbidade administrativa.

Ele e outros ex-servidores da Delegacia Regional do Trabalho em Alagoas são apontados como responsáveis por um esquema de direcionamento de licitações, fraude em contratos e superfaturamento de preços no órgão.

O G1 entrou em contato com a residência de Tito Uchôa, como é conhecido, em Maceió, mas ele não estava. A reportagem deixou recado com a esposa de Uchôa e aguarda posição sobre a acusação do MPF.

Uchôa foi delegado do Trabalho em Maceió de 1995 até 2002. A ação do MPF elenca diversas problemas em sua gestão entre os anos de 2000 e 2002, quando ele acabou afastado do cargo após um processo administrativo.

Entre outras irregularidades, ele teria beneficiado indiretamente a Construtora Uchôa, de seu irmão Jubson Uchôa Lopes, segundo pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU).

A revista "Veja" informou que Tito Uchôa serviu como emissário de Renan Calheiros na compra de um jornal, em Maceió, em sociedade com o ex-deputado e atual inimigo político João Lyra. Segundo a revista, Renan teria pago em dinheiro – parte em dólar – sua parte no negócio (R$ 1,3 milhão).

A compra, feita em 1998, fazia parte dos planos de expansão dos negócios ocultos do senador na área de comunicação. Além do jornal, ele teria participação em duas emissoras de rádios e uma gráfica. As empresas estão registradas em nome de seu filho Renan Calheiros, prefeito de Murici – base do clã Calheiros -, de Tito Uchôa e outros sócios. As informações são do jornal O "Estado de S. Paulo".

Fonte: G1

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