Mentiras e verdades

Críticas e cobranças fazem parte do jogo democrático, assim como a mais ampla liberdade de imprensa. Mentiras, difamações e acusações sem provas seguem na contramão da democracia e denunciam um jornalismo irresponsável e ilegítimo. É o que vem acontecendo há mais de dois meses, com o ataque impiedoso que parte da mídia vem fazendo contra mim e que já se transformou em campanha, movida por interesses escusos e alimentada por meus desafetos políticos regionais – o ex-governador João Lyra e a ex-senadora Heloísa Helena. Imagine o futuro do Congresso Nacional se cada derrotado político conseguir transformar seu ressentimento em pseudo-escândalo, em representações.

Não esperem de mim que abdique do maior direito democrático, que é o amplo direito de defesa. Não esperem que eu seja sócio passivo de um rito sumário, de um julgamento sem processo legal, sem provas e sem defesa. Não tenho patrimônios clandestinos, nunca recorri a recursos alheios para arcar com despesas pessoais. A cada pseudo-denúncia, respondi com provas. A cada questionamento, apresentei explicações precisas. Mas ou não houve a decência de desmentir as falsas acusações ou o espaço para tais desmentidos foi irrisório.

A revista Veja há de pagar na justiça por cada denúncia inverídica, leviana, apressada, cujo único propósito tem sido me atingir e difamar. Para citar um exemplo, lembro que a própria Schincariol desmentiu, em documento oficial, as acusações da revista de que eu teria atuado em benefício da empresa, depois de ter interferido numa transação supostamente irregular de compra de uma unidade da companhia no Nordeste.

E é preciso lembrar que a mesma Veja vem enxovalhando a honra de várias pessoas sem comprovar suas falsas denúncias. Onde estão as provas dos dólares de Cuba em caixas de uísque, onde estão as provas do envolvimento das Farcs com o MST, onde estão as provas de que funcionários da Caixa Econômica sofreram tentativas de subornos para assumir culpa em episódio recente, onde está a prova de que o presidente Lula seria o “sujeito oculto” de organizações criminosas? No meu caso, a revista dispensa até o acusador, já que as matérias não possuem nem aspas com alguém a me acusar.

Cabe à Justiça, também, apurar o escândalo da venda da TVA, do Grupo Abril, proprietário de Veja, para a estrangeira Telefônica. Um negócio imoral, de quase 1 bilhão de reais, que fere a soberania nacional e foi articulado à margem da lei pela mesma editora que se apresenta como guardiã da moral e da ética. Já tive o cuidado de encaminhar a denúncia ao Ministério Público e à Polícia Federal, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, ao Ministério das Comunicações, à Comissão de Valores Mobiliários, ao presidente Lula, ao Governo e ao Parlamento da Espanha, sede da empresa Telefônica.

Apurar essa negociação fraudulenta, garantir a livre competição e a soberania nacional, isso, sim, interessa à sociedade brasileira. Não um escândalo artificial quanto o que tentam forjar a meu respeito. A abertura do processo pelo Supremo Tribunal Federal – atendendo a meu pedido, junto ao Ministério Público – é um passo importante para que tenhamos uma investigação séria, profissional. É a oportunidade para deixar bem claro, de uma vez por todas, o que venho repetindo ao longo dos últimos meses: não tenho absolutamente nada a esconder ou a temer.

Minha força é proporcional à minha verdade. E a verdade – que ninguém duvide – é sempre mais poderosa que qualquer mentira.

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