O procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, recebeu na manhã desta sexta-feira a visita do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jakson, que prestou informações sobre a situação financeira do estado, a partir de um levantamento realizado pela entidade.
Em nome de diversas categorias de servidores públicos alagoanos, Isaac solicitou o apoio do Ministério Público de Alagoas para sensibilização do governo quanto a reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho, sob pena de ocorrer um colapso na prestação dos serviços, sobretudo nas áreas da saúde e segurança.
O chefe do MP alagoano garantiu assegurou que na próxima semana, quando se reunir com o secretário de estadual de Gestão Pública, Adriano Soares, as informações prestadas pela CUT vão ser levadas ao conhecimento do governo.
“O secretário tem exercido um papel importante nesse canal aberto de negociação, que é o caminho mais prudente. Trata-se de uma via mais lenta, é verdade, mas a história tem comprovado que os melhores resultados são obtidos quando o equilíbrio entre as partes e o senso de responsabilidade são preservados”, ressaltou o procurador-geral de Justiça.
Crise na Saúde
Ele citou o exemplo da crise na Saúde, que enfrenta mais um capítulo em 75 dias de greves dos médicos com o encaminhamento de mais uma lista com pedidos de demissão em massa, dessa vez com uma maioria de profissionais lotados na Maternidade Santa Mônica.
“A situação é cada vez mais crítica. A maternidade em questão é uma unidade de referência para gestantes de alto risco e atendimentos neonatais. Os destinatários do serviço público são os verdadeiros reféns desse impasse e ao Ministério Público cabe agir cautela, insistir no caminho da negociação para evitar prejuízos maiores aos cidadãos”, alertou Coaracy.
