Senador Romeu Tuma dá início aos depoimentos

O ex-deputado João Lyra disse por meio de assessoria que vai apresentar documentos

Em Maceió desde o início da tarde desta quinta-feira, o corregedor-geral do Senado, senador Romeu Tuma (DEM-SP), esteve reunido em palácio com o governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, e por volta das 16h foi ao escritório do empresário e ex-deputado João Lyra (PTB-AL), onde está tomando seu depoimento.

O depoimento do ex-deputado João Lyra será imprescindível na apuração do caso que investiga a possível sociedade de Calheiros em empresas de comunicação – duas emissoras de rádio e um jornal – que o ex-parlamentar afirma que manteve com o presidente do Senado, em nome de "laranjas".

No escritório do Grupo João Lyra, em Guaxuma, os depoimentos ocorrem a portas fechadas e até o momento a imprensa só teve acesso ao estacionamento, onde aguarda a saída do corregedor-geral do Senado, que não quis se pronunciar alegando estar “atrasado” nos depoimentos.

A única novidade até o momento é que João Lyra confirmou por meio de assessoria que está apresentando, durante a oitiva, todos os documentos que comprovam a existência da chamada “sociedade secreta” em nome dos “laranjas”. Tuma afirmou que pretende ficar em Alagoas até amanhã, o que dará tempo para que sejam ouvidos assessores de Calheiros, como o ex-delegado Regional do Trabalho Tito Uchoa, entre outros como o empresário Luis Carlos Barreto, citado como possível depoente.

A conversa de Romeu Tuma com João Lyra está sendo acompanhada por escrivães da Polícia Federal (PF) para que assuma caráter de depoimento.

Processos

Os membros da Mesa Diretora do Senado autorizaram hoje, por unanimidade, a abertura de mais um processo contra o presidente da Casa, Renan Calheiros, para investigar as acusações de que usou "laranjas", para comprar veículos de comunicação em Alagoas em sociedade com o usineiro João Lyra.

Esse será o terceiro processo, já que o primeiro – em fase final – investiga a suspeita de que ele recebeu ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais e o segundo – ainda no seu início – apura as relações de Renan com a cervejaria Schincariol.

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