Desembargador pede vistas e julgamento de Charles Wille é adiado

Alagoas24horasCentenas de pessoas compareceram à porta do TJ para pedir por Justiça

Centenas de pessoas compareceram à porta do TJ para pedir por Justiça

Não bastasse todo o sofrimento pela perda do filho, a família do adolescente Charles Wille, atropelado no dia 2 de setembro de 2005, pela empresária Amélia Sátiro Acioly, está tendo que conviver com os meandros da Justiça no nosso país.

Na tarde de hoje, o desembargador José Carlos Malta Marques, integrante da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, alegou dificuldades, polêmica e bastante tecnicidade do processo para pedir vistas e melhor analisar a peça.

Sessão

Durante parte da análise do processo, os desembargadores ouviram os gritos de amigos e familiares do adolescente, que pediam justiça.

No início da sessão, o relator do processo, Mário Casado Ramalho, manteve a condenação de Amélia Sátiro, mas reduziu a pena de 12 para oito anos de prisão. Já o desembargador Orlando Manso, anunciou a incompetência dos juízes para analisar o caso e deu declarações favoráveis a ré, afirmando que “nem mesmo Lampião teve pena tão dura”.

Com o pedido de vistas por parte do desembargador Malta Marques, o julgamento foi adiado para a próxima quinta-feira, dia 30, quando a Câmara Criminal volta a se reunir.

A acusada, Amélia Sátiro, não compareceu ao Pleno e foi representada por sua filha, Angélica, e pelo seu representante jurídico, Raimundo Palmeira, que acredita que decisão tomada pela Justiça alagoana será a mais correta.

"Não se apena uma senhora – envolvida em um acidente de trânsito que vitimou uma criança – como se apena um marginal, um traficante ou um bandido qualquer. O caso terá o desfecho mais justo, é o que acreditamos", ressaltou Palmeira.

Desde a manhã de hoje, centenas de pessoas, entre amigos de escolas, familiares e curiosos se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça, exigindo a condenação da acusada.

O advogado de acusação, Antônio Andrade, lamentou mais um adiamento, este é o segundo, e disse que a família segue confiante na competência da Justiça alagoana para julgar o caso.

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