Procurador-Geral de Justiça Coaracy Fonseca tem dez dias para apresentar defesa
Depois de enfrentar a uma discussão acirrada com os demais integrantes do Colégio de Procuradores, o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, voltou ao auditório do prédio-sede do Ministério Público para agradecer o comparecimento dos movimentos sociais à sessão que poderia definir seu futuro.
Adotando um discurso essencialmente passional, mas sem dar explicações sobre as acusações, Coaracy agradeceu aos presentes, à família e em especial aos dois filhos, a quem disse que jamais daria razões para que eles se envergonhassem da sua postura.
Coaracy disse que o Ministério Público tem que função primordial zelar pela dignidade da pessoa humana e que enquanto for procurador-geral de Justiça nenhum cidadão será impedido de entrar no prédio do Ministério Público.
Quanto à postura do Colégio de Procuradores, Coaracy foi reticente e apenas reafirmou seu desejo de ter direito à defesa ampla e pública, conforme deixou claro no pedido protocolado na noite desta quarta-feira, 12. O procurador-geral de Justiça foi ovacionado pelas dezenas de pessoas estavam no auditório.
Um dos dirigentes sindicais presentes ao ato de desagravo em favor de Coaracy, o presidente do Sindprev, Cícero Lourenço, avaliou como furtiva a postura do Colegiado. “Eles (o Colegiado) estão tentando desvirtuar os fatos, tentando questionar o trabalho do procurador que mais apoio deu aos movimentos sociais e que contrariou o interesses dos grupos que comandam o Estado”, acusou.
Após as declarações, Coaracy Fonseca deixou as instalações do Ministério Público, acompanhado pelos manifestantes.
