Segunda-feira de articulações para os movimentos grevistas do Estado. Pelo menos seis categorias estão em greve em Alagoas prometendo manter as mobilizações nos próximos dias e radicalizar caso não haja propostas que contemplem as reivindicações das categorias.
Durante todo o dia de hoje, manifestantes do Movimento Unificado da Saúde realizaram passeatas, dentro do calendário de atividades estabelecido pelo comando de greve. Pela manhã realizaram uma passeata pelas ruas da Ponta Grossa e Vergel, seguida de reuniões com funcionários do Hospital José Carneiro, ambulatório Noélia Lessa, Unidade de Emergência e Hospital de Doenças Tropicais (HDT).
Como havia sido divulgado, os coordenadores do Movimento Unificado procuraram a direção da Maternidade Santa Mônica para discutir a possibilidade do fechamento do ambulatório. Durante a reunião ficou decidido que o ambulatório atenderá apenas as gestantes de alto risco, suspendendo – por tempo indeterminado – exames e outros atendimentos na maternidade.
Amanhã, o Movimento Unificado volta a se reunir em frente à Secretaria de Estado da Saúde, a partir das 8 horas, para mais um ato, que será encerrado com uma feijoada para os manifestantes.
Correios
Também está mantida a greve dos trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), cujo desfecho estava previsto para o final da tarde de hoje. Segundo o presidente do Sindicato dos trabalhadores, José Balbino, esta foi a decisão do comando de greve, já que a empresa não apresentou contraproposta.
Uma reunião foi marcada na noite desta segunda-feira entre a empresa e o comando de greve para definir os rumos da paralisação, que pode resultar no pedido de dissídio coletivo e tentativa de buscar uma conciliação judicial. Se esta for a decisão, o comando de greve adianta que manterá a greve e estudará estratégias para impedir que os trabalhadores sejam punidos.
Amanhã, os trabalhadores em greve estarão concentrados, a partir das 8 horas.
Policiais Civis
Os policiais civis marcaram para amanhã, às 15 horas, uma assembléia geral, para decidir sobre a proposta do governo, no auditório do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), que fica localizado na Rua Cincinato Pinto, 310, Centro.
De acordo com os grevistas, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) através da Comissão de Negociação Salarial entregou as entidades uma proposta de reajuste salarial de 22%, dividido em 36 meses. A proposta foi recusada pela Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), pela Federação Nordestina dos Policiais Civis (Fenepol), pelo Sindpol e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), já que o reajuste representa apenas 0,61% ao mês e 7,82% ao ano, um percentual considerado insignificante pelas entidades.
O Sindpol aguarda uma resposta dos integrantes da Comissão de Negociação do governo que poderão entregar nova proposta que contemple as reivindicações da categoria.
Educação
Incansáveis tentativas de diálogo e nenhuma proposta concreta. Outra categoria que mantém a greve é a Educação. Os funcionários da Educação realizaram hoje, na praça Sinimbu, mais uma manifestação em defesa da categoria, que aguarda uma contraproposta por parte do Governo do Estado.
Os profissionais reivindicam piso de R$ 470,0 para os funcionários de nível de elementar, aumento salarial de 15% para os professores de ensino médio que não tiveram isonomia, e a chamada de professores para organizar o quadro e o PCC (Plano de Cargos e Carreiras).
Médicos podem retomar greve
Quem imaginou que estava tudo resolvido entre o governo e a categoria médica se enganou. Nova assembléia acontece nesta segunda-feira entre os profissionais que decidirão se retomam a greve por descumprimento de acordos firmados pelo governo de Alagoas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Welington Galvão, o governo não pagou o reajuste prometido no mês de agosto, nem tampouco pagou o salário dos médicos que trabalham nos ambulatórios.
A reunião começou às 19 horas, na sede do Sindicato dos Médicos.
