Bancários ameaçam paralisação caso negociação não avance

Em caminhada pelas principais ruas do Comércio de Maceió, os bancários – que desde 23 de agosto estão em negociação salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) – protestaram durante a manhã de hoje contra a falta de avanço nas negociações por reajuste salarial da categoria e alertaram para a possibilidade de paralisação das atividades.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Márcio dos Anjos, quatro encontros já foram realizados para discutir saúde, segurança, emprego, remuneração, reivindicações sociais e cláusulas novas para a Convenção Coletiva de Trabalho, mas pouco do que os bancários reivindicam foi aceito pelos banqueiros. A última negociação, dia 13, foi suspensa pelo Comando Nacional dos Bancários porque a Fenaban não apresentou contraproposta para as reivindicações econômicas.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,3%, garantia de emprego, o fim do assédio moral, o fim das metas abusivas, uma maior participação nos lucros e resultados dos bancos, piso salarial do Dieese (R$ 1.628,24), isonomia de direitos entre funcionários novos e antigos, plano de cargos e salários para todos os bancos, igualdade de oportunidades, o fortalecimento dos bancos públicos, a redução dos juros e tarifas, o aumento do crédito, e a ampliação do horário de atendimento ao público, com dois turnos de trabalho.

“Amanhã temos nova rodada de negociação e, caso não avance, tem grande indício de que a paralisação seja deflagrada pela categoria. A plenária nacional, na capital paulista, está marcada para o dia 25, de onde pode sair um indicativo para nova greve nacional”, explicou Márcio dos Anjos, reforçando ainda que a categoria volta a realizar manifestação uma semana de mobilização entre os dias 24 e 28.

Além das negociações com a Fenaban, que envolvem as reivindicações mais gerais dos bancários, também estão ocorrendo negociações por banco, para a solução de pendências específicas. Na Caixa Econômica Federal a primeira rodada aconteceu no dia 10, mas também não houve avanços. Os empregados cobram a implantação de um novo Plano de Cargos e Salários.

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