Servidores mantêm atendimento na Maternidade da Santa Mônica

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

Os servidores da Maternidade Santa Mônica atingidos com o corte do adicional noturno e de insalubridade após a auditoria da Controladoria Geral do Estado resolveram, em assembléia ocorrida agora há pouco, não radicalizar e aguardar o parecer da ação da controladoria solicitado pelo secretário de Gestão Pública, Adriano Soares.

Em assembléia realizada na manhã de ontem, a categoria cogitou o esvaziamento da unidade hospitalar em protesto contra o corte dos adicionais dos servidores.

A Controladoria Geral do Estado vinha fazendo uma auditoria nas folhas salariais do Estado e corte não foi anunciado ontem através de ofício circular na maternidade. O corte dos adicionais noturno e de insalubridade atingiu todos os servidores da Santa Mônica, inclusive os profissionais que estão mantendo os atendimentos na unidade.

Para a categoria o corte nos adicionais é visto como desrespeitosa, equivocada e imprudente uma vez que os profissionais da unidade estão constantemente expostos ao grande risco de saúde. O comunicado sobre o corte do adicional gerou um clima de revolta entre os servidores que acionaram assembléia com o Movimento Unificado da Saúde.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Wellington Monteiro, o secretário Adriano Soares ficou de analisar o parecer da Controladoria para então discutir a questão com os servidores.

“Tivemos uma reunião com Adriano Soares e ele solicitou um parecer da Controladoria para checar o porquê do corte. Nesta tarde entraremos novamente em contato para saber se já existe algum posicionamento”, afirmou Monteiro.

Nesta manhã, cerca de 200 servidores realizaram assembléia em frente a maternidade e decidiram não radicalizar e esvaziar a unidade como foi discutido ontem em assembléia. “Não é momento radicalizar, até porque estamos aguardando uma resposta do Governo com relação aos recursos vindos do Ministério da Saúde”, ressaltou o sindicalista.

Na tarde de hoje, a categoria vai protocolar na Procuradoria Regional do Trabalho e no Ministério Público documento relando o corte dos adicionais e o prejuízo sofrido pelos servidores.

Na próxima segunda-feira, o Movimento Unificado da Saúde realiza nova assembléia com todos os servidores em greve – no auditório da Uncisal – para repassar os últimos informes e analisar o movimento.

Greve

A greve dos servidores da saúde que fazem parte do Movimento Unificado já dura mais de um mês. Cerca de cinco mil servidores aderiram ao movimento e mantém apenas 30% de profissionais trabalhando, percentual exigido por Lei, exceto no Hospital José Carneiro e no Ambulatório Noélia Lessa, onde todos os atendimentos foram suspensos.

Entre as reivindicações dos servidores, estão os 80% de reajuste salarial e a revisão do Plano de Cargos e Carreiras.

A categoria aguarda ainda esta a resposta do governador Teo Vilela com relação a utilização do recurso anunciado pelo Ministério da Saúde. Para Alagoas, o montante está avaliado em R$ 80 milhões. Do total, R$ 46,54 milhões é o teto financeiro da saúde no Estado e os R$ 31,1 milhões de implemento na tabela do SUS.

Através do teto financeiro, o governador pode destinar parte do recurso para as questões salariais dos trabalhadores da saúde, atendendo a reivindicação dos servidores em greve há mais de um mês.

O governador pediu um tempo aos servidores para que os técnicos do governo e da comissão bipartite faça uma análise para “quantificar quanto poderá ser destinado ao reajuste dos servidores”.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos