Acusados de assaltar e atropelar passageiros de van são apresentados

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Alguns objetos dos passageiros ainda foram encontrados com os acusados

Três dos quatro homens acusados de assaltar, humilhar e atropelar passageiros no último dia 8, em um trecho da rodovia AL 101 Norte, nas imediações do município de São Luiz do Quitunde, a 63 quilômetros de Maceió, foram apresentados na manhã de hoje pela Polícia Civil. Aguinaldo José da Silva, 31, Cristiano Joaquim da Silva, 21, ambos presos na tarde de ontem em uma grota do Benedito Bentes, e Anderson Damião Isidoro, 18, que havia sido detido há uma semana em Joaquim Gomes, confirmaram a participação no crime. O quarto elemento, identificado como Cícero Torres, continua foragido.

Durante a ação dos bandidos, que contou com sessões de humilhação, com os passageiros sendo obrigados a tirar a roupa e deitar seminus no chão, espancamento e finalmente atropelamento, cinco pessoas ficaram feridas, Janicleide Mesquita dos Santos, 23, Jadiene Mesquita dos Santos, 19, Welsiano Mendes Lins, 19, Edvaldo Santos Messias e Miqueas Cordeiro Uchoa Muniz chegaram a ser atendidos na Coordenadoria de Emergência Armando Lages.

Além do assalta a van, que fazia transporte complementar, os acusados são apontados pela Polícia Civil como autores de assaltos a ônibus interestaduais na região e tráfico de drogas, que abasteceria São Luiz do Quitunde e o Benedito Bentes.

No momento da apresentação, Aguinaldo da Silva e Cristiano Joaquim trocaram acusações sobre quem seria o responsável pelas sessões de tortura e atropelamento dos passageiros. Segundo Aguinaldo, o plano para assaltar a van teria sido elaborado por Cristiano, que mora em São Luiz. Aguinaldo também acusa o comparsa das principais agressões contra os passageiros. À exceção diz respeito ao atropelamento, que Aguinaldo assume, mas afirma que tudo não passou de imperícia. De acordo com o acusado, ele teria tentado ligar o carro, que estava em ponto de marcha e este teria avançado em direção aos passageiros.

O diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas, delegado Carlos Alberto Reis, agradeceu o apoio do juiz Odilon Marques Luz e do promotor da Vara de Investigações Luiz Vasconcelos pelo apoio às investigações, que resultou na prisão dos acusados.

O delegado Kelman Vieira informou que os acusados permanecerão presos em Maceió, na carceragem do Tático Integrado Grupo de Resgates (tigre), uma vez que a população de São Luiz ainda está muito revoltada com o crime, o que poderia comprometer a integridade física dos acusados. Segundo Vieira, ele irá solicitar a transferência dos presos direto para o sistema prisional.

Os três serão acusado dos crimes de formação de quadrilha, roubo, tráfico de drogas, além de tentativa de homicídio.