Indicadores dramáticos

As recentes informações relativas a indicadores de qualidade de vida no Brasil, demonstram que Alagoas encontra-se em grave situação social, ficando atrás apenas do Maranhão. São dramáticas as estatísticas referentes à mortalidade infantil, às informações sobre o analfabetismo etc.

E bem mais contundentes quando sabemos que este Estado da federação possui alto estágio de desenvolvimento econômico, tanto na produção da indústria agrícola em diversas culturas, inclusive a açucareira, como em segmentos mais recentes e extremamente lucrativos, de grande potencial, como o turismo.

Mas a grande verdade é que a robusta circulação da riqueza, não proporcionou a necessária inclusão das mais amplas camadas sociais. Pelo contrário, vem agravando sobremaneira, a miséria e todas as suas seqüelas, em imensos setores da população. Alagoas não é, em absoluto, defasado na modernização tecnológica, detém alta capacidade produtiva e maquinário extremamente elevado.

Não se pode encontrar outra explicação que não seja a concentração da renda, a socialização da miséria em escala grandiosa. É preciso afirmar que esses dados penosos, não são conjunturais, só encontram a explicação plausível com base nas acumuladas raízes dos tempos.

Principalmente o processo que constituiu a nossa civilização regional, aliada às condições que historicamente impediram saltos positivos ao desenvolvimento real, o que inclui, rigorosamente, a justiça social.

Observem o exemplo da revolução de 1930. A verdadeira revolução burguesa do país, que propiciou a etapa da industrialização nacional, a implementação das indústrias de base, a legislação trabalhista, a ruptura para com o voto a bico de pena associado à riqueza do cidadão, a garantia do direito ao voto feminino. Destituindo, enfim, a velha República.

A revolução que alçou o Brasil a uma nova fase histórica, negou ao Nordeste brasileiro, Alagoas também, a possibilidade de transformações nas estruturas fundiárias e políticas.

Tornando-a foco de gravíssimas crises institucionais, de violências excepcionais ao longo da sua História contemporânea. Herdeira de um regime remanescente de traços coloniais.

O Nordeste, Alagoas em particular, obriga-se a perseguir através de reformas estruturais profundas, o patamar não do terceiro milênio, pelo qual já estamos avançando, mas lá atrás, do início do século passado.

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