Quatro deputados devem depor hoje

Quatro dos nove deputados acusados de envolvimento na rede criminosa investigada pela Operação Taturana devem depor na tarde de hoje, na sede da Polícia Federal. A informação foi confirmada pelo delegado plantonista da PF, Sandro Augusto.

De acordo com o calendário de atividades, os depoimentos se iniciarão às 14 horas. Os primeiros a serem ouvidos são os parlamentares Dudu Albuquerque (PSB) e Nelito Gomes de Barros (PMN). Em seguida, às 16 horas, será ouvido o deputado Maurício Tavares. Às 18 horas, Edival Gaia Filho prestará depoimento.

Agora há pouco, quem esteve na sede da Polícia Federal foi o advogado do presidente da Assembléia Legislativa, Antônio Albuquerque (Democratas). Adelmo Cabral entrou no prédio sem falar com a imprensa.

Cabral esteve na sede para saber a resposta do requerimento entregue para adiar o depoimento de Albuquerque para janeiro, mas o presidente do Poder Legislativo deve ser ouvido mesmo na segunda-feira, dia 10 de novembro.

Na manhã de hoje, a Polícia Federal de Alagoas confirmou o nome dos nove deputados estaduais que devem ser ouvidos. O suposto esquema montado pelos parlamentes teria desviado mais de R$ 200 milhões desde o ano de 2001 até os dias atuais.

A fraude foi arquitetada – segundo a Polícia Federal – dentro do Poder Legislativo, mas especificamente nas Mesas Diretoras. Tanto que, o ex-presidente a ALE, Celso Luiz, também se encontra preso, além do ex-deputado estadual Gilberto Gonçalves.

Os deputados só não foram presos porque a juíza Amanda Lucena – do Tribunal Regional Federal da 5ª Região – entendeu que não se tratava de um flagrante delito, única prisão permitida pela Constituição de Alagoas. Os deputados envolvidos são Antônio Albuquerque (Democratas), Cícero Amélio (PMN), Arthur Lira (PMN), Nelito Gomes de Barros (PMN), Edval Gaia Filho (PSDB), Dudu Albuquerque (PSB), Isnaldo Bulhões (PMN), Maurício Tavares (PTB) e Cícero Ferro (PMN).

Destes, apenas Ferro se encontra preso, mas por porte-ilegal de arma. Ele teve prisão homologada pelo Tribunal de Justiça. Ao todo, a Assembléia Legislativa cumpriu 80 mandados de busca e apreensão e 40 de prisão. O prédio provisório da ALE, localizado em Jaraguá, chegou a ser invadido. Assim como um escritório de informática, em Olinda, onde a folha era gerada. Os deputados citados já fizeram ou fazem parte da Mesa Diretora.

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