Presidente da Comissão de Justiça pede que deputados não repitam erros da eleição de Severino

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), teme que se repitam nos próximos dias os erros políticos cometidos na eleição para a presidência da Câmara de Deputados do início deste ano. O parlamentar – que preside uma das comissões mais importantes da Câmara – defende o consenso na escolha do sucesso de Severino Cavalcanti.

No pleito de fevereiro, além do pepista pernambucano, disputaram a presidência os deputados Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP), Virgílio Guimarães (PT-MG), José Carlos Aleluia (PFL-BA) e Jair Bolsanaro (PP-RJ).

"Mais uma vez, tomei conhecimento do lançamento de nomes diferentes. Os deputado não se conscientizaram da gravidade do momento. É lamentável que os erros se repitam. Qualquer disputa será negativa e desgastante para a instituição", alerta o presidente da CCJ, para quem o nome de consenso não precisa ser necessariamente do PT. "Tenho defendido um entendimento em torno de um nome que possa representar unidade e resgate de valor, independentemente do partido político."

Líder do PSDB na Câmara, Alberto Goldman (SP) não descarta a possiblidade de um acordo. Mas diz ser necessário avaliar primeiro a disposição dos governistas. "Não recebemos nenhum sinal até agora", diz Goldman. De acordo com ele, por enquanto, PSDB e PFL vão trabalhar juntos para encontrar um nome que represente "equilíbrio e dignidade".

O líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), defende que os partidos optem por nomes de "estatura e experiência" para propiciar negociações positivas. "Com a eleição de um presidente mais experiente, a Câmara tende a avançar no sentido de recuperar a sua credibilidade", acredita Maia.

As duas maiores bancadas na Câmara, PT e PMDB, lançaram Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Michel Temer (PMDB-SP) como candidatos à presidência por seus respectivos partidos. Também foram lançados por outras bancadas os deputados Luís Antônio Fleury (PTB-SP), Francisco Dornelles (PP-RJ), João Caldas (PL-AL), José Thomaz Nonô (PFL-AL), Jutahy Magalhães (PSDB-BA).

O bloco de oposição – PDT, PPS, PV e Prona – pretende lançar candidatura própria caso não apareça nenhum nome que possa ser de consenso. Entre as possiblidades estão a deputada Denise Frossard (PPS-RJ) e o deputado Alceu Colares (PDT-RS).

Fonte: Agência Brasil

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