MP poderá pedir extinção de torcidas organizadas

Mosael HenriquePromotores do MPE ouvem presidentes de torcidas

Promotores do MPE ouvem presidentes de torcidas

O Ministério Público ouviu, na tarde de hoje, dois presidentes de torcidas organizadas, cujos integrantes estariam em atos de vandalismo praticados após o jogo da seleção alagoana de masters. Promotores da Vara Coletiva de Defesa Consumidor, que abriram procedimento investigativo, não descartam a possibilidade de extinção das agremiações. Foram ouvidos os presidentes da Mancha Azul, Marcelo Rocha, e do Comando Vermelho, João Correia.

“Instauramos esse procedimento para proteger o consumidor será adotado”, disse a promotora Denise Guimarães, ressaltando que o MP tomará uma posição quando for analisada documentações requisitadas à Federação Alagoana de Futebol (FAF) e aos dirigentes de torcidas organizadas, que devem encaminhar as atas de criação das agremiações e extratos bancários dentro de um prazo de dez dias.

Foram solicitadas as providências tomadas pela federação para coibir a violência dentro e fora de campo. Na audiência, os promotores ficaram sabendo que não existe nenhum tipo de controle sobre a venda de bebidas alcóolicas a menores dentro do estádio. Para Marcelo Rocha, da Mancha Azul, o primeiro a ser ouvido, a violência no futebol é um “problema social e deve ser tratado pelos órgãos de segurança”, disse ele aos promotores.

Ao lembrar que muitos torcedores vestem a camisa da agremiação, mas que não fazem parte da torcida organizada, cobrou punição para essas pessoas que praticaram atos de vandalismo. “Eles devem ser punidos rigorosamente”, afirmou ele, que foi eleito para dirigir a Mancha Azul numa eleição que contou com a participação de apenas 12 filiados.

“Acabar com a torcida organizada é prejudicar o espetáculo de futebol, porque incentivamos o nosso time dentro de campo”, disse João Correia. Ele contou que soube do ocorrido após o jogo da seleção de masters após retornar recentemente de uma viagem à Curitiba. Por sua vez, ele defendeu que os envolvidos deveriam ser punidos com penas alternativas. Na quarta-feira, o Ministério Público irá ouvir o presidente da FAF, Raimundo Soares.

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