Polícia encontra corpo de legista do caso Celso Daniel

Rede GloboPrintes foi ao "Programa do Jô" no último dia 19 de setembro

Printes foi ao "Programa do Jô" no último dia 19 de setembro

A Polícia Civil encontrou por volta das 17h desta quarta-feira o corpo do médico-legista Carlos Delmonte Printes em seu escritório na Vila Clementino (zona sul de São Paulo). O perito participou das investigações do caso Celso Daniel.

A causa da morte ainda não foi revelada, mas a polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sofrido um infarto. O caso está sendo apurado pela 16º Distrito Policial.

O prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi assassinado em janeiro de 2002, e o inquérito final, hoje reaberto, concluiu na época pela tese de crime comum (seqüestro seguido de assassinato).

Printes foi o primeiro a analisar o corpo e a sustentar que o político foi torturado. Ele, que disse ter sido "censurado" durante três anos, afirmou que considerava inverossímil a tese de crime comum, idéia defendida até hoje por integrantes do PT, partido do qual Celso Daniel fazia parte.

Entretanto, há suspeitas de que a morte do prefeito de Santo André estaria relacionada a um suposto esquema de corrupção montado na cidade. A família do prefeito morto sempre defendeu pela tese de crime político.

O legista tinha uma carreira de 21 anos e afirmava ter feito mais de 20 mil autópsias.

Retrospectiva do caso

O prefeito foi sequestrado no dia 18 de janeiro de 2002 e encontrado dois dias depois, em uma estrada de terra com marcas de tiros e sinais de tortura. Cerca de seis meses após o crime, a Polícia Civil encerrou o inquérito e responsabilizou seis homens da favela Pantanal pelo assassinato, com a conclusão de que havia sido um crime comum.

Em agosto deste ano, a Polícia Civil reabriu as investigações devido às recentes denúncias apresentadas na CPI do Mensalão.

Após analisar o corpo de Daniel, Printes havia estabelecido uma ordem sobre o que teria ocorrido. Primeiro, disse o perito, o petista sofreu uma lesão próxima ao ouvido esquerdo. Horas depois, foi queimado nas costas, provavelmente com o cano do revólver, e atingido por estilhaços de balas de uma arma disparada perto do corpo. Depois, atiraram ao lado do rosto de Daniel. Por último, disparos no tórax e no abdome.

Fonte: Folha Online

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