Dólar fecha em queda de 0,53%

Em meio às incertezas que cercam os mercados emergentes e, especialmente, o rumo dos negócios financeiros no Brasil, o dólar comercial deu sinais de que continua em tendência de queda apoiado no forte fluxo de entrada de recursos.

A moeda chegou a mostrar volatilidade pela manhã, mas firmou a trajetória declinante na segunda etapa e fechou cotada a R$ 2,2430 para a compra e R$ 2,2450 para a venda, com depreciação de 0,53% ante o real. Durante o pregão a divisa oscilou entre a cotação mínima de R$ 2,2360, e a máxima de R$ 2,2720. Na semana, acumulou queda de 0,13%.

O Banco Central voltou a fazer leilão de compra pela manhã, fixando taxa de corte em R$ 2,2540, mas o dólar, que já apresentava queda no momento de anúncio da operação, reforçou o rumo de baixa. A avaliação de agentes do segmento é de que a atuação do BC não tem sido significativa a ponto de movimentar a cotação da moeda.

Segundo Luiz Paulo Carvalho, gerente de tesouraria do banco Cruzeiro do Sul, as compras do BC têm se resumido a algo em torno de US$ 100 milhões por dia. Esse montante, segundo ele, não é suficiente para alterar significativamente o preço da divisa, dado que a entrada de recursos continua robusta, amparada pelo saldo comercial do país e por captações de empresas e bancos.

Nem mesmo as incertezas sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos, que desde quarta-feira tem levado investidores a ponderarem o interesse de investidores estrangeiros a se manterem posicionados em ativos de países, causou estresse efetivo no segmento.

Luis Fernando Lopes, economista-chefe do Pátria banco de negócios, acredita que há sinais de algumas saída de capital de investidores estrangeiros, mas como essa atitude não está ainda configurada como tendência, o fluxo de entrada de dólares continua predominando.

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