Irmãos Barros Correia abrem temporada de leilões da Expoagro

Vaca Vila Barros Correia é um dos destaques do remate
Vaca Vila Barros Correia é um dos destaques do remate

O Leilão Nelore Barros Correia & Convidados, iniciado – agora há pouco – na Pecuária, abriu a temporada de remates da Expoagro 2005. Com 50 lotes – 20 matrizes Elite e 30 touros Servindo – o leilão deve movimentar algo em torno de R$ 1 milhão. A família Barros Correia mantém uma tradição na atividade agropecuária, iniciada em 1826, na Fazenda Recanto, em Viçosa.

Pelos menos dois exemplos da qualidade dos animais selecionados pelos Barros Correia podem ser comprovados com duas fêmeas origem da Fazenda Recanto. A vaca Típica Barros Correia, da raça Nelore, nascida em Alagoas e vendida por R$ 47 mil em 2001, pelos Irmãos Barros Correia, foi arrematada em 2003, no leilão Noite dos Campeões, em Uberaba–MG, por R$ 1 milhão e 64 mil.

Há 15 dias, também em Uberaba, durante a Expoinel, no Leilão Mata Velha, a mesma vaca foi vendida por R$ 1 milhão e 120 mil, tornando–se a única fêmea comercializada duas vezes por mais de R$ 1 milhão. Na mesma exposição, a vaca Sombra TE Barros Correia, foi o destaque no leilão de liquidação da Varrela Pecuária, ao ser arrematada por R$ 648 mil.

Prejuízo Os números surpreendem e até impressionam, mas a história poderia ser bem diferente. Segundo Celso Barros Correia, um dos três irmãos selecionadores, o negócio só não está melhor por causa da classificação de Alagoas, que está na zona de risco desconhecido da febre aftosa. As duas vacas arrematadas na exposição de Uberaba são os melhores exemplos do prejuízo que os irmãos têm por causa da aftosa.

Para se ter uma idéia, nos 50 lotes ofertados no leilão no ano passado, em Maceió, comemorativo aos 25 anos de seleção, o faturamento foi de R$ 1 milhão e treze mil. Ou seja: toda soma dos 50 lotes foi menor que o preço da Típica Barros Correia, arrematada em Uberaba. “A condição do Estado em relação à aftosa restringe os negócios. É uma perda irreparável para o selecionador que se preocupa com a qualidade dos animais e o melhoramento genético da raça”, explica Celso.

Ele diz que o caso da Típica Barros Correia, arrematada em 2003, em Maceió, é apenas um exemplo da perda generalizada que os selecionadores de Alagoas têm por causa da aftosa. Celso explica que a Típica foi arrematada por um selecionador do Pará na época o Estado também estava na mesma classificação de Alagoas. Só que, devido aos investimentos, o Estado conseguiu melhorar de faixa e o animal foi para Uberaba, onde atingiu a surpreendente cifra de mais de R$ 1 milhão.

“O que nos preocupa é a falta de investimento do governo federal, que cortou bruscamente os recursos para combater a aftosa. Tomara que esses casos que aconteceram no Mato Grosso não prejudiquem ainda mais os criadores e selecionadores que vacinam e declaram seus animais”, diz Ricardo Barros Correia.

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