Quatro crianças têm queimaduras graves por causa de abandono da mãe

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A displicência de uma mãe da Favela do Dique Estrada levou à revolta de diversos moradores da localidade. Os quatro filhos de Eline Vieira da Silva, 22 anos, foram vítimas de queimaduras pelo corpo por causa do abandono. Segundo vizinhos, desde que arrumou um novo namorado Eline não quer mais saber dos filhos, deixando-os trancados no barraco onde mora para “farrar”.

Esta é a segunda vez que Eline tem um filho queimado dentro de casa. O primeiro caso ocorreu há quatro meses quando ela saiu de casa deixando uma vela acesa em cima da televisão e o filho de apenas 3 anos trancado dentro de casa. A vela caiu e incendiou parte do barraco, atingindo o menor, que teve todo o lado direito do corpo queimado.

No início da noite de hoje, Eline deixou os quatro filhos, todos menores (a mais velha tem oito anos e a mais nova um e meio) sozinhos, sem alimentação. No intuito de alimentar os irmãos, a filha mais velha resolveu cozinhar no fogão da casa, uma fogueira improvisada com fogo à base de álcool.

Uma outra menor, 12 anos, vizinha das crianças resolveu ajudar e no momento em que acendiam o fogo teve o rosto totalmente queimado por conta do álcool que estava na mão.
E.S.S. está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade de Emergência Armando Lages. Segundo os médicos, a menor está consciente, mas teve todo o rosto queimado.

As outras três crianças que estavam próximas do fogo também sofreram queimadura: a de oito anos teve parte da face queimada; a outra filha de apenas um ano e meio sofreu queimaduras na face, tronco, membros superiores e foi constatado um edema na face; já o menor de 3 anos queimou a face e o pescoço. Os três são considerados pela Unidade de Queimados da UE como pacientes em estado regular.

Revoltados, os moradores da favela seguraram Eline, que no momento do incidente estava dormindo na casa do namorado, para evitar que ela fugisse enquanto chamavam a polícia. Policiais Militares efetuaram a prisão no local e encaminharam a mãe para a Delegacia de Plantão I, no bairro do Farol.

Diversos vizinhos foram testemunhar contra Eline. “Isso não é uma mãe. A justiça tem que ser feita e ela [Eline] não pode ficar impune”, afirma uma das testemunhas, Eliane Silva de Melo.

Já à mãe da menor de 12 anos, Maria Cristina dos Santos, está inconformada com o que aconteceu e que disse apenas que a filha apenas foi ajudar as crianças porque teve pena do abandonado e da fome pelo qual os menores estavam passando.

O caso vai ser investigado pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente.

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