Lessa diz que bloqueio do FPE seria mais uma "violência contra Alagoas"

O governador Ronaldo Lessa disse hoje em entrevista que, se a União promover o bloqueio do FPE para a retirada de R$ 45 milhões para pagamento do extra-limite da dívida pública estadual, "Alagoas estará sofrendo mais uma violência praticada pelo governo Lula".

Lessa, porém, não considerou um fracasso a audiência que teve, na semana passada, com o ministro da Fazenda, Antônio Palloci, com quem tratou do pagamento dessa dívida.. Segundo ele, o governo federal propôs negociar o pagamento com os ativos imobiliários do Estado, mas Lessa disse que essa transação comprometeria o pagamento do 13º salário do funcionalismo.

Para tentar suspender um possível bloqueio do dinheiro do FPE, o Estado ingressou com uma ação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal). “Se a liminar do Supremo não sair até quinta-feira, o governo federal tem o poder para confiscar o dinheiro”, disse

Por outro lado, Lessa negou que o governo tenha perdido o controle sobre a segurança pública e descartou a possibilidade de mudanças na área da Secretaria de Defesa Social. Segundo ele, existem municípios que não registram um homicídio há mais de um ano e que os turistas que vêm a Alagoas dizem que escolheram o Estado para passear porque aqui é mais seguro e tranqüilo.

“Foi o nosso governo que acabou com o tráfico de influência que existia na área de segurança, quando o prefeito e os empresários mandavam no delegado de polícia. Hoje a polícia é do povo, que ainda dispõe da Defensoria Pública”, afirmou. “O povo sabe que tem um governo que o respeita”, completou.

Negou ainda que pretenda fazer mudanças na área, dizendo que o secretário da Célula de Justiça e Defesa Social, Paschoal Savastano, “é a pessoa certa que está no lugar certo”. Com relação ao secretário de Ressocialização, delegado Walter Gama, disse que ele foi indicado pelo atual diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, quando ele estava à frente da SDS. “Se eles acharem que seja necessário mudar, vamos pensar nisso”, afirmou.

Visita

Na visita às novas empresas instaladas recentemente no Pólo Multifabril de Marechal Deodoro, o governador elogiou os empresários de fora que estão investindo no Estado, ajudando no processo de desenvolvimento econômico trazendo empresas para Alagoas. Nos últimos três meses, o pólo ganhou mais cinco novos empreendimentos, que receberam incentivos fiscais do governo estadual.

“O nosso segundo governo tem se esforçado ao máximo para ficar marcado como um governo do desenvolvimento econômico”, disse Lessa, acrescentando que os críticos da sua administração “em vez de fazerem investimentos em outros estados, deveriam aplicar o dinheiro aqui, ajudando a gerar empregos para os alagoanos”, disse.

Segundo o governador, esses mesmos críticos do governo não pagavam impostos e quebraram Alagoas. “O PFL e o PTB não têm autoridade para criticar a minha administração, porque ajudaram a destruir o Estado”, rebateu lembrando que o seu governo pagou cerca de R$ 2 bilhões de dívidas herdadas de gestões passadas.

A visita começou pela Interlândia Ltda, fábrica da água sanitária Dragão com sede em Recife (Pernambuco). Com um investimento de R$ 3,5 milhões, a unidade produz mensalmente 160 mil caixas e emprega 45 funcionários. Dentro de um mês, a empresa pretende dobrar a capacidade de produção.

Dos 45 trabalhadores, cinco tiveram a oportunidade do primeiro emprego e a maioria da mão-de-obra contratada é formada por trabalhadores da cidade de Marechal Deodoro que estavam desempregados.

Com investimento da ordem de R$ 4 milhões na sua primeira etapa, a Reluznor foi a segunda empresa visitada. A unidade – que gerou 50 empregos diretos e indiretos – produz em larga escala o cloreto de zinco 487, que é utilizado na fabricação de pilhas e baterias. Na segunda etapa, a fábrica vai produzir o policloreto de alumínio, utilizado no tratamento de água.

No Pólo de Marechal Deodoro, Lessa visitou ainda as empresas Glastec e a Joplás, que produzem tubos, caixas e conexões à base de fibra e PVC, respectivamente.

Fonte: Secom

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