Professores da Ufal decidem voltar ao trabalho

Em assembléia realizada hoje, pelos professores da Universidade Federal de Alagoas ficou definido o retorno definitivo, da categoria, ao trabalho. Por 48 votos a seis, os professores definiram a volta imediata aos trabalhos acadêmicos, apoiados pela decisão do Comando de Greve Nacional.

Segundo o presidente do Sindicato dos Docentes da Ufal, professor Antônio Passos, os professores estão encaminhando a Reitoria, uma série de recomendações para que os alunos não sejam prejudicados.

“Estamos aguardando somente a decisão da Reitoria para retornarmos ao trabalho. E para não prejudicar os alunos, estamos encaminhando algumas recomendações para preservar a qualidade do trabalho”, afirma o professor Passos.

Para ele, uma das soluções é recomeçar as aulas a partir do dia dois de janeiro, quando os alunos estariam voltando do recesso previsto para começar hoje.

Outra recomendação é que os professores realizem revisões dos assuntos anteriores e apliquem provas somente 15 dias após o retorno às aulas, para não causar prejuízos ao aprendizado e desempenho dos alunos.

Ainda segundo o professor Passos, a Reitoria ainda não se pronunciou quanto à definição do novo calendário acadêmico e até que isso ocorra, os alunos continuam sem aulas.

Greve

Em Alagoas, a greve começou no dia 27 de setembro, quando os docentes da Ufal aderiram ao movimento nacional de greve. Há 79 dias, cerca de dois mil alunos da Universidade Federal de Alagoas estão sem aula e, por causa da paralisação, algumas atividades previstas no calendário acadêmico foram adiadas.

De acordo com a assessoria da universidade, a Associação dos Docentes precisam encaminhar um documento para a Ufal, sobre o término da greve, para que uma reunião defina um novo calendário acadêmico.

Os professores reivindicam o reajuste salarial de 18%, pela incorporação da gratificação de estímulo à docência e pelo retorno do pagamento de adicional por tempo de serviço, chamado anuênio (1% ao ano).

Entretanto, o Ministério da Educação ofereceu a proposta de R$ 650 milhões, em nível nacional, à categoria, o que representa o reajuste de cerca de 9,75%, que ainda dependerá da aprovação do Congresso Nacional.

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