O governador Ronaldo Lessa pediu que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) adote as medidas juridicamente cabíveis para a transferência do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar da superintendência da Polícia Federal de Maceió. Lessa tomou essa decisão depois que a Justiça Federal determinou que o governo do Estado reforce a segurança no bairro de Jaraguá, onde está localizada a carceragem em que o traficante está preso desde o dia 26 de novembro.
“Essa determinação fere o pacto federativo. Não vou admitir isso”, afirmou Lessa, que sequer foi informado previamente sobre a transferência de Beira-Mar para Maceió. “Como a própria PF disse, esse assunto é um problema federal, por isso eles que tomem as medidas de segurança que o caso requer”.
De acordo com o procurador-geral do Estado, Wilson Protásio, a PGE já está tomando as medidas cabíveis junto à Justiça Federal e deverá entrar com uma ação civil pública, como aconteceu em Santa Catarina, onde o narcotraficante estava preso antes de vir para Alagoas. “Estamos buscando informações em Santa Catarina e deveremos entrar com uma ação civil pública, porque foi o meio jurídico usado pelo governo daquele Estado, que conseguiu a transferência imediata do narcotraficante”, assegurou o procurador.
Caso Fidélis
O governador Ronaldo Lessa ainda aguarda a entrada da Polícia Federal para investigar o assassinato do fazendeiro Fernando Fidélis, morto a tiros dentro do presídio Baldomero Cavalcanti, no dia 28 de outubro. O pedido, feito ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e que teve a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até agora não foi atendido, apesar de o ministro dizer que estava adotando as providências no sentido de acompanhar o caso.
