A juíza da 17º Vara da Fazenda Pública, Ester Manso determinou que o Governo de Alagoas implante – com extrema urgência – a equiparação salarial entre os agentes da Polícia Civil e os policiais considerados especiais pela Secretaria de Defesa Social, como por exemplo, o Tático Integrado de Grupo de Resgate (Tigre).
A decisão foi publicada no Diário Oficial do dia 02 de janeiro. De acordo com a juíza, o governo teria que implantar a equiparação em 48 horas. Além disto, o Governo de Alagoas teria apenas cinco dias para implantar uma folha suplementar.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Carlos Jorge, a decisão já foi entregue ao secretário estadual de Administração, Valter Oliveira. Carlos Jorge explica que caso a equiparação não seja cumprida, Oliveira pode ser preso por descumprir ordem judicial.
Os sindicalistas estão aguardando a manifestação do Governo do Estado em relação a decisão da Justiça. No fim do ano passado, após deflagrarem greve, os agentes que não estavam no quadro das operações especiais da Polícia Civil receberam 12% de aumento, sendo 6% em janeiro e o restante em maio.
“O aumento é pouco. Nós ainda estamos brigando por 35%. A luta – durante a greve – era também pela equiparação salarial, que conseguimos junto à Justiça de Alagoas”, colocou o presidente do Sindpol.
Para o diretor central da Polícia Civil, Robervaldo Davino, a diferença salarial entre os policiais é justa, já que – segundo ele – os policiais do Tigre e outras forças tarefas como a Operações Litorâneas (Oplit) – trabalham mais. Outra briga do Sindpol é pelos adicionais noturnos.
O Alagoas 24 Horas conseguiu contato com o secretário Valter Oliveira. De acordo com ele, o Governo de Alagoas solicitou a suspensão de sentençao ao Tribunal de justiça e está aguardando a decisão.
"Eu estou dentro do meu prazo. A juíza me deu cinco dias para cumprir a decisão e hoje é o segundo dia do prazo. Mas vamos esperar o TJ decidir primeiro", explicou Oliveira.
