O governador interino Luís Abílio (PDT) empossou o novo secretário-geral de Governo, Rogério Pinheiro; a diretora-presidente do Ipaseal Saúde, Jaci Quintella, e o diretor da Loteal, Jadir Ferreira, em uma solenidade no Palácio Floriano Peixoto. O governador destacou que as mudanças foram planejadas para um governo que deve durar nove meses e fechar com “chave de ouro o projeto iniciado pelo Governador Ronaldo Lessa”.
De acordo com Abílio, “ao contrário do que muitos jornais afirmam, ninguém é vítima dos rodízios. Felizes os que passam por ele, porque possuem uma visão mais ampla do Governo e de um projeto que tem como foco principal a sociedade”. O governador destacou que conta com o aval de Lessa e está construindo uma base que será fixa durante os próximos nove meses. “Neste tempo se gera um filho, por tanto é tempo também de fazer nascer um excelente governo, que faça jus a um projeto vitorioso”, disse.
Abílio falou que as escolhas dos nomes empossados na manhã de hoje foram técnicas e que visavam corrigir brechas que ficaram aberta quando o coronel Ronaldo dos Santos saiu da Loteal para a Secretaria de Defesa Social. “Nosso plano é dar continuidade ao objetivo da Loteal, que vai muito além dos jogos. Esta entidade é responsável por injetar cerca de R$ 3 milhões em programas sociais”, destacou. “Assim como o Jadir, os demais nomes são de extrema competência e afinados com o todo, não somente sendo simples técnicos de suas áreas”.
Futuro
O governador se divide em duas preocupações: a governabilidade a partir de março e as eleições deste ano. Para a primeira, Abílio colocou que o projeto do governo já está traçado e vem dando certo e conta com a confiança da sociedade. Quanto ao pleito, Abílio colocou que tudo depende ainda da decisão de Renan Calheiros (PMDB). “Estamos esperando até uma semana depois do carnaval, mas se o senador decidir antes vai nos ajudar e muito a traçar os rumos para o futuro. Meu nome é uma alternativa do PDT, mas não descarto a possibilidade de vir apoiar a senadora Heloisa Helena ao governo. Tudo depende das convenções”, explicou.
Abílio disse ainda que está em conversa constante com os senadores por Alagoas, Heloísa Helena, Renan Calheiros e Teotônio Vilela. “Não dá para governar sem diálogo e estamos em um encerramento de governo, que tem como foco principal a sociedade. Temos que apoiar um grupo que tenha essa preocupação e que continue com o trabalho que Lessa e toda sua equipe fez”.
Schavuzzi
O governador aproveitou a oportunidade para reforçar que quer as apurações das denúncias de tortura feitas pelo coordenador de planejamento de Rio Largo, Ricardo Schavuzzi, preso na Operação Mata do Rolo e liberto recentemente por uma liminar do juiz Orlando Manso. “Não acredito nas denúncias dele, mas quero que seja apurado. Caso seja verdade, quem estiver envolvido será punido. Este governo combate à criminalidade, mas respeita os Direitos Humanos”.
Em seu discurso, Abílio defendeu também o diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, apontado por Schavuzzi como mandante das torturas. “O Davino é um homem integro e afinado com nossas idéias. Um delegado que tem respeito pela vida humana e totalmente avesso a essas práticas, não acredito que ele tenha dito isso. As denúncias serão apuradas e a verdade vai aparecer”.
O governador disse ainda que não pretende fazer muitas modificações dentro desses nove meses. “Pretendo fechar uma equipe para cumprir este breve mandato, mas quero deixar claro que dentro deste período há tempo para se fazer muita coisa”, concluiu o governador.
