O agente do Tático Integrado Grupo de Resgate da Polícia Civil de Alagoas, Raul de Albuquerque Neto, 28, foi preso na noite de ontem após tentar matar o contador José Aparício, 47, com seis tiros de revólver. Apenas dois projéteis atingiram a vítima, que não corre risco de morte.
Segundo o chefe de expediente do 7° DP – delegacia que vai apurar o caso – Themildo Duarte há grandes possibilidades do agente ter invadido a casa da vítima sob efeito do álcool. Duarte destacou que o agente tinha acabado de se formar em um curso para operações especiais. “Ele disse que viu uns movimentos estranhos na região e resolveu agir. A versão do Raul está mal contada, mas ele diz que viu elementos em atitudes suspeitas na região. Ele disse também não conhecer a vítima”, explicou.
A delegacia do 7° Distrito Policial encaminhou ao auto de prisão para a sede do Tigre para obter maiores detalhes sobre o comportamento de Raul Albuquerque. Ele se encontra preso no prédio do Tático Integrado, mas pode ser transferido para o 7° DP nesta segunda-feira, quando prestará o primeiro depoimento para o delegado Waldor Lou Coimbra.
Uma das testemunhas contou a Polícia Civil que estava dentro de sua residência quando ouviu alguém bater na porta – após pular o muro da casa – gritando: “QSL, QSL, QSL” (código da linguagem policial). Ele perguntou quem era e quando foi abrindo a porta devagar, o polícia já quis invadir a sua residência. Um dos primeiros tiros acertou na porta. O caso já conta com três testemunhas que foram ouvidas ontem pelo delegado plantonista Arnaldo Soares de Carvalho.
Policiais civis – que preferem não serem identificados – disseram que o policial ainda tentou reagir a prisão e não quis “se comportar na delegacia”. “Ele estava muito agressivo. Não sei se era efeito da bebida” , destacou. Themildo Duarte acredita que na segunda-feira já apareçam novidades sobre o caso, como o real motivo da invasão, já que a primeira versão de Raul Albuquerque deixou dúvidas na Polícia Civil.
