Resposta de Brasília para problemas indígenas chega na segunda-feira

Alagoas24horas/ArquivoJosé Heleno deixa a administração da Funai alegando motivos pessoais

José Heleno deixa a administração da Funai alegando motivos pessoais

Os índios da tribo Xucuru-Cariri, de Palmeira dos Índios que ocuparam ontem à noite, a sede da Funai-AL no Centro de Maceió, continuam à espera de respostas da Funai de Brasília sobre o resultado da análise técnica para liberação das terras emergenciais localizadas no município de Palmeira dos Índios. Segundo o administrador da Funai –AL, José Heleno de Sousa, esse retorno deverá chegar somente na segunda-feira, o que resultará na desocupação da sede pelos índios.

A Funai enviou no final de dezembro do ano passado, um processo de cerca de 500 páginas sobre as 25 fazendas, um total de 340 hectares, que contemplam as áreas consideradas indígenas. Segundo o engenheiro agrônomo da Funai, Marcelo Elihimas, a liberação das terras depende de dois processos principais: a análise técnica das terras demarcadas e a disponibilização de recursos federais.

“Nós estamos no final do primeiro processo, que está sendo esperado pelos índios. Eles não querem muito, somente uma posição sobre avaliação técnica, para saber se passaremos para a fase de negociação com os fazendeiros e finalmente a compra das terras”, diz.

Para o engenheiro, o processo é complicado e leva tempo. “Esse processo está em fase de estudos, por isso é complicado. Depois de aprovado teremos que conversar com os fazendeiros e lançar a proposta, que pode ou não ser aceita. Só poderíamos impor preço se conseguíssemos provar legalmente que as terras são indígenas”, acrescenta.

O cacique Selmo da aldeia Coité, uma das quatro aldeias que ocupam a sede da Funai, no Centro, afirma que esse é mais um momento de luta da comunidade indígena e apesar das dificuldades de alojamento, eles vão continuar ocupando o órgão até que Brasília mande respostas.

“Pode passar o tempo que for: uma dia, uma semana ou um mês. Vamos continuar aqui preparados para uma mobilização nacional que já está sendo preparada”.

Segundo o cacique, as condições ainda não são preocupantes, mas a alimentação que possuem deverá acabar nos próximos dias. Sobre o assunto, o administrador da Funai, afirma que já entrou em contato com a Conahb para conseguir que sejam liberadas algumas cestas básicas.

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