Advogado diz que não recebeu comunicado oficial do mandado de prisão de Schavuzzi

O advogado Adriano Soares, que defende o coordenador de Finanças de Rio Largo, Ricardo Schavuzzi, diz que não foi comunicado oficialmente da prisão de seu cliente e entrou, nesta tarde, com um requerimento pedindo a certidão do documento. Soares também pediu o habeas corpus preventivo de Schavuzzi e diz que ele está fora do Estado.

De acordo com o juiz Diógenes Tenório, integrante do Núcleo de Combate ao Crime Organizado, a prisão de Schavuzzi foi decretada pela participação dele no assassinato de um mendigo, ocorrida em maio de 2002. O inquérito foi feito pelo delegado Marcílio Barenco, que indiciou Schavuzzi por homicídio qualificado, considerando ele o autor intelectual do crime, que também teve a participação de Jorge Pagão e Valmir Araújo Silva, o Dema, na autoria material do assassinato, que foi feito a tijoladas.

De acordo com Adriano Soares, às 7h Ricardo Schavuzzi foi citado por oficiais para comparecer a uma audiência, marcada para às 12h50. “Se houvesse mandado de prisão ele deveria ter sido preso, mas não foi e não pôde comparecer a audiência porque já tinha uma viagem agendada”, explica, complementando que, por conta da viagem, entrou com um requerimento para adiar a audiência.

A decisão da Justiça deve sair amanhã e, caso o advogado receba a certidão do mandado de prisão, Schavuzzi deverá se apresentar. “Ele não cometeu crime para ficar foragido da Justiça”, diz.

O advogado lembrou ainda dos autos da denúncia feita pelo Ministério Público, que consta que Ricardo teria cometido o crime por causa de barulho feito pelo mendigo; a vítima estava num galpão e durante a execução do crime Schavuzzi teria acompanhado a cena pela sua casa; e que depois do crime o corpo do mendigo foi levado no carro de Ricardo, uma Ranger prata.

Mas, a defesa diz que da casa de Schavuzzi é impossível ver o que ocorre dentro do galpão, em 2002 ele não tinha uma Ranger prata e que a família Pagão não era aliada política nem tinha ligação pessoal com Vânia Paiva e o marido, naquela época.

Incêndio

Também hoje, o delegado Marcílio Barenco confirmou o indiciamento da prefeita Vânia Paiva, no incêndio ocorrido na Secretaria Municipal de Finanças de Rio Largo. A prisão dela chegou a ser pedida pelo delegado à Justiça, mas não chegou a ser decretada.

“Foi divulgado que ela tivesse mantido conversas telefônicas com Júnior Pagão, mas ela nega veementemente que tenha feito algum contato com a família Pagão antes do incêndio”, diz Soares, que disse ainda não ter tido acesso aos autos do processo.

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