Catadores comemoram aumento na venda de sururu

Há poucos dias da Páscoa, a procura por pescados já começa a demonstrar sinais de aquecimento. No DiqueEstrada, as vendedoras de sururu já se entusiasmam com os resultados das vendas, embora ainda estejam abaixo do desejado, segundo afirmam.

Diariamente, dezenas de catadores e vendedores realizam uma verdadeira maratona para disponibilizar o produto à comercialização. O vendedor Jailson Mariano da Silva, por exemplo, chega a comercializar 80 quilos de sururu por dia, o que lhe garante um faturamento diário de R$ 400.

Se na semana passada o quilo do sururu podia ser encontrado no Dique–Estrada por até R$ 3, ontem o produto já registrava um aumento de 60% na maioria das barracas, onde era comercializado a R$ 5. “A tendência é aumentar”, alertou o vendedor.

Ele era um dos que comemoravam os bons resultados das vendas, o que ainda não pode ser comparado ao que aconteceu há três anos, quando a escassez do sururu nas lagoas fez com que o quilo do produto chegasse a R$ 10. “Este ano tem muito sururu. Quem vai dizer se vai ter aumento é a concorrência”, avisa.

No Mercado da Produção, o produto ainda podia ser encontrado ontem a preços que variavam entre R$ 2,50 e R$ 3,50. Segundo o vendedor Orlando Augusto Nascimento, que há anos comercializa pescado no Mercado da Produção, é provável que haja um aumento até quinta–feira. “O pessoal deixa pra comprar sempre de última hora”, diz.

Diariamente, a catadora de sururu Ana Paula dos Santos leva ao Mercado da Produção uma média de 15 quilos do produto, para serem distribuídos entre os vendedores. Até ontem, ela vendia a lata do sururu (que depois de lavado, catado, peneirado e cozido pesa cerca de 2 kg) por um preço que variava entre R$ 1,70 e R$ 2.

Apesar de reconhecer que a venda esteja melhor do que no ano passado, Ana Paula ressalta que o valor ainda está aquém do desejado. “É preciso que aumente pra gente poder ganhar dinheiro”, argumenta.

Até chegar à mesa do consumidor, o sururu percorre um caminho lento e trabalhoso. Depois de ser apanhado na lagoa, ele é lavado (para retirar toda a lama), ensacado e levado até a despenicadeiras (mulheres que trabalham retirando o produto da casca). Em seguida, é peneirado e levado ao fogo em latas de 20 litros. A partir daí, o sururu já está pronto para ser comercializado.

Fonte: Tribuna de Alagoas

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