A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai decidir em 8 de maio se pede o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A discussão ocorrerá na reunião do Conselho Federal da entidade e o debate esquentará com a recente denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra 40 pessoas envolvidas com o esquema do mensalão.
"Isto tudo deixa o processo de impeachment do presidente Lula a ser julgado no próximo dia pelo Conselho Federal da OAB com cores mais vivas e com interesse público maior ainda", afirmou o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato. Ele observou que a denúncia de Souza mostra que houve "uma articulação de pessoas ligadas ao governo federal".
O presidente da OAB afirmou que a denúncia "foi muito importante por sustentar às claras que havia uma verdadeira quadrilha agindo no governo". "A denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando, confirma a existência de diversos crimes perpetrados por pessoas ligadas diretamente ao Palácio do Planalto", disse.
Busato afirmou que a população brasileira esperava essa providência porque está desiludida com o Congresso que não puniu politicamente todos os suspeitos de envolvimento no esquema do mensalão. "Temos insistentemente alertado que a falta de ética na condução dos atos do governo foi enraizada e sistematizada em todo o governo federal", afirmou o presidente da OAB.
