Movimento seguirá até a cidade de Atalaia em sinal de protesto
Neste momento, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) encabeça uma marcha, que saiu agora há pouco do Centro de Maceió e segue pela Avenida Fernandes Lima até a sede da Ceal, onde participarão de almoço solidário. O movimento ocupa apenas uma das faixas da pista, por isso o trânsito está lento.
Dentro da programação informada pelos líderes da marcha, os trabalhadores devem pernoitar no Tabuleiro do Martins, próximo à sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de onde seguem amanhã, logo cedo, para a cidade de Atalaia.
O objetivo da marcha conforme o coordenador do MST, Zé Carlos Silva, é conscientizar a sociedade sobre a condição como os sem terra estão sendo tratados. “A marcha é pela vida, um protesto contra a impunidade, pois queremos Justiça e cadeia para aqueles que mataram trabalhadores rurais, como foi o caso da morte de um companheiro nosso em Atalaia e liberdade para presos políticos”.
A escolha da cidade de Atalaia – segundo Zé Carlos – é simbólica por ser uma região onde já houve conflitos agrários, mas o coordenador lembra que não é a única área crítica do Estado de Alagoas. “Há também Murici. Nós tivemos uma conversa boa ontem com o governo com relação a terras do antigo Produban, que estão situadas naquele local”, colocou.
A Marcha Pela Vida – como foi intitulada pelo movimento – conta com o apoio e representantes da Central Única de Trabalhadores, de outros movimentos sociais e da pré-candidata ao governo pelo PT, Lenilda Lima, que neste momento se encontra junto com os trabalhadores na marcha. Lenilda destacou que o movimento possui uma luta justa e que deve ter direito a voz.
A marcha faz parte de um movimento nacional. No dia de ontem, os trabalhadores fizeram ocupações em todo o País.Ontem foi o Dia Internacional de Luta Contra A Violência no Campo.
