A tarifa de água vai ser reajustada a partir de 1° de maio, depois de dois anos de congelamento. O índice, de 7,92%, representa um terço do último reajuste que aconteceu em junho de 2004 (23,20%) e está bem abaixo da inflação do período – junho/2004 a março/2006 -, que é de 12%. Com essa modificação, o metro cúbico (m³) de água passa de R$ 1,39 para R$ 1,50, ou seja, um acréscimo de apenas R$ 0,11.
De acordo com a direção da Casal, a Companhia foi obrigada a tomar essa decisão para não tornar inviável a manutenção de seus serviços. Só para se ter uma idéia, alguns insumos tiveram uma alta significativa desde o último reajuste praticado pela empresa: energia, 28,80%; tubos e conexões, 37,16; hipoclorito de sódio, 90%; sulfato de alumínio, 45%; cloro, 20%; combustíveis, 30,12%; álcool, 56%; diesel, 21,09%.
Para não penalizar os consumidores mais carentes, a Companhia vai manter inalterado o valor da Tarifa Social em R$ 8,00 e está criando as Zonas Especiais de Inclusão Social (Zeis) que vão agilizar a inclusão social da população de baixa renda. O programa vai designar as áreas mais carentes da cidade e seus moradores serão cadastrados automaticamente na Tarifa Social.
Além disso, para facilitar o acesso da população ao sistema de esgotamento sanitário nas cidades do interior do Estado, a Casal vai reduzir a tarifa de esgoto de 80% para 60% do valor referente ao consumo mensal de água. "Estamos buscando todas as alternativas possíveis para minimizar o impacto do aumento da tarifa no bolso de nossos usuários. Se não fosse a necessidade de manter os sistemas de abastecimento em funcionamento, não praticaríamos esse reajuste; a população já sofre em demasia para fechar suas contas no final do mês", afirmou o presidente da Casal, Jorge Briseno.
