Defesa diz que Silva Filho não atuou na gangue fardada

O advogado José Fragoso, que defende o ex-tenente José Luiz da Silva Filho, disse que seu cliente não integrou a conhecida facção da polícia, a chamada gangue fardada. “Ele não está envolvido em nenhum processo da gangue e trabalhou apenas dois meses, em 1982, com o coronel Cavalcante”, afirmou.

O ex-tenente, que hoje é pastor evangélico no presídio Baldomero Cavalcanti, foi condenado por participar do assassinato do delegado Ricardo Lessa, crime ocorrido no dia 9 de outubro de 1991, quando também foi morto o policial civil Antenor Carlota, que estava no mesmo carro.

Pelo crime, José Luiz foi afastado da Polícia Militar e já está solto, em liberdade condicional. “Estamos entrando com um recurso em Brasília porque ele foi pronunciado como autor intelectual e foi julgado como participante do crime, não há correlação entre a acusação e a sentença”, diz Fragoso.

Caso o recurso não seja aprovado, o ex-militar não sofrerá pena nenhuma, já que pagou a pena por esse crime.

Caso Sílvio Vianna

Nesta tarde, José Luiz deveria ser julgado pela participação no assassinato do coordenador de arrecadação tributária da Secretaria da Fazenda, Sílvio Vianna, em outubro de 1996. O nome do ex-militar foi citado durante o julgamento do tenente-coronel Manoel Cavalcante e do ex-PM Garibalde Amorim.

“Ele respondeu pelo caso e foi impronunciado. Mas foi citado pelo “Sombra”, José Antônio dos Santos, e o promotor pediu que ele fosse impronunciado, mas o juiz mandou que o júri decidisse e ele foi pronunciado”, lembrou o advogado José Fragoso.

Por estar preso há cerca de dois anos somente por este caso, o advogado pediu ao juiz José Braga Neto que a prisão fosse revogada e o juiz encaminhará o pedido ao Ministério Público.

O julgamento, que estava marcado para esta tarde, foi adiado para o dia 3 de julho.

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