Professores do ProJovem ameaçam deixar programa

Cerca de três semanas após protesto e paralisação de estudantes do ProJovem, que denunciavam o não-recebimento das bolsas referentes ao Programa, os professores também decidiram radicalizar. Eles acusam a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de estar sendo omissa e decidiram paralisar por tempo indeterminado, e dependendo dos encaminhamentos, até deixar o programa.

Segundo uma professora que ensina no Caic da Ufal, e que não quis se identificar, os professores estão sem receber há cerca de três meses, tendo que pagar para ir trabalhar. “Estamos fazendo papel de bobos, ensinando de graça, sem esperança de receber. Alguns alunos estão pensando até em desistir do Programa, por falta de incentivo e por se sentir lesado”, afirma.

Segundo a coordenadora do ProJovem em Maceió, Tereza Nelma, as denúncias dos professores são infundadas, já que somente o mês de Abril está pendente e o mês de maio ainda não terminou. Ela explica também que em relação a contratação, outra reivindicação dos professores, está dependendo apenas do resultado do processo que tramita na Procuradoria Geral do Município.

"Diferente do que estão dizendo, a Semed só está em falta com o mês de abril. Quanto a contratação, nós aguardamos um resultado favorável por parte da Procuradoria. A partir daí daremos entrada na contratação através de uma Oscipe".

Sobre a questão dos alunos a coordenadora explica que o maior problema foi em relação a documentação. Grande parte dos alunos estavam em situação irregular com a Caixa, que é quem libera os recursos e isso deixou alguns sem receber.

"Hoje, grande parte desses problemas estão resilvidos, já que cerca de 70% está recebendo normalmente a bolsa e apenas 30% continua pendente por falta de documentos básicos, como CPF. Para auxiliar nesse processo de resolução das pendências bancárias, a Secretaria está realizando um mutirão de documentação", afirma Nelma.

Uma assembléia, entre os professores ligados ao Programa, está acontecendo neste momento, no Caic da Ufal, a fim de decidir sobre a paralisação.

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