Irmão de José Sandro clama por justiça
O corpo de José Sandro Gomes, coordenador do Movimento Pró-Camelô (MPC), foi sepultado há pouco no Cemitério São José, no bairo doTrapiche da Barra. O corpo foi velado no Cemitério Nossa Senhora da Piedade. Centenas de pessoas estiveram presentes no sepultamento, entre elas, camelôs, políticos e lideranças sindicais.
A viúva de Sandro, Hilda Herculano, garantiu que em dez anos de casamento nunca viu o marido envolvido em brigas, pois sempre foi um homem batalhador. “Meu marido estava muito feliz e recebia sempre os parabéns pela transferência dos camelôs, pelas negociações com a Prefeitura de Maceió. Sandro é um herói, ele é o pai dos camelôs. Ele deu a vida por esse povo”, destaca a viúva.
O irmão de Sandro, Lucílio Gomes, estava inconformado com a morte do irmão. “Meu irmão é um exemplo de luta. Ele lutou tanto pelo povo e acabou morto pelas costas, de uma forma covarde. Sandro estava feliz com a transferência dos camelôs e alguém muito invejoso acabou com a alegria de todos”, afirma Lucílio Gomes.
O sobrinho de Sandro, José Dário, também é camelô e acompanhou a trajetória do tio desde as negociações até a demarcação das barracas na Praça Palmares. “O nosso sonho acabou. Só meu tio defendeu os camelôs. Ele era um homem forte e não se rendia por dinheiro. Agora qualquer liderança que chegar lá vai receber dinheiro e na primeira oportunidade vamos ser obrigados a deixar a praça”, ressalta o camelô.
De acordo com Hilda Herculano, Sandro trabalhou na Cobel e depois se tornou camelô para ampliar a renda da família. Logo se tornou uma pessoa de confiança dos camelôs e passou a ser coordenador do MPC.
Crédito: Polyanna Rocha
Crédito: Polyanna Rocha
Crédito: Polyanna Rocha
