Apicultores do Arranjo Produtivo Local de Apicultura (APL) no Sertão alagoano uniram-se em busca de redução de custos, melhores oportunidades de compra e venda, acesso ao crédito e aumento da qualificação profissional do setor. Por meio do associativismo, os empresários estão formatando a primeira Central de Negócios de Apicultura para fortalecer os produtores, enfrentar a concorrência e competir no mercado.
Este mês, sete apicultores realizaram a primeira compra conjunta, adquirindo mesa para manipulação do mel, centrífuga, decantadores, luvas, telas, entre outros instrumentos. Ao final da negociação, os apicultores contabilizaram um desconto de 26% no valor total da compra.
Inicialmente, a Central de Apicultura é formada por 15 produtores membros da Cooperativa dos Produtores de Mel de Abelhas e Derivados de Alagoas (CoopeApis), em Xingó, mas a proposta da Central é beneficiar todos os apicultores da CoopeApis e dos municípios de Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho Dágua do Casado, Água Branca, Pariconha, Inhapi, Senador Rui Palmeira, São José da Tapera, Pão de Açúcar e Santana de Ipanema.
Segundo a gestora do Programa Central de Negócios do Sebrae em Alagoas, Áurea Valéria de Andrade, a meta da central é fortalecer os produtores oferecendo vantagens competitivas perante o mercado. “As vantagens para quem opta por essa parceria vão desde o aumento do poder de negociação junto aos fornecedores até a facilidade na obtenção de crédito e melhoria no processo de escoamento da produção”, afirma a gestora.
Uma Central de Negócios requer seis meses de reuniões, capacitações e esforços para ser implantada. O Sebrae faz o acompanhamento técnico, baseado em consultorias, por um ano após a fundação da Central, visando promover o fortalecimento do grupo.
Atualmente, a Central de Negócios existe em 26 municípios, atuando nos APL de Apicultura, Ovinocaprinocultura, Piscicultura e Móveis, como também em setores da economia como Panificações, Óticas e Minimercados.
