Saúde vai integrar projeto para reduzir número de óbitos por causas não definidas

Numa reunião realizada hoje com o secretário municipal de Saúde, João Macário, o diretor do Departamento de Análises de Sistemas de Saúde do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio, e a consultora do MS, Vera Barea, apresentaram o Projeto de Redução da Proporção de Óbitos com Causa Mal Definidas e Oficialização dos Sepultamentos Realizados sem Documentação Legal.

A iniciativa tem como objetivo aproximar ao máximo da realidade os dados estatísticos relativos às causas de morte em todo o país, monitorando, principalmente, as que foram provocadas por doenças tratadas pelo SUS.

De acordo com Otaliba Libânio, a investigação de mortes por causas mal definidas tem sido baseada apenas nas AIH´s e nas APACs, o que acaba dando margem à sub-notificação por falta de um diagnóstico preciso, principalmente nas ocorrências de mortes causadas por doenças como meningite, tuberculose e Aids. Agora, com o projeto, os números registrados a partir de janeiro de 2005 passarão a ser revistos.

"O Ministério estará trabalhando com os municípios, principalmente as capitais, no sentido de reverter essa situação, para que possamos falar em estatísticas reais e não mais em estimativas, quando o assunto se relacionar a essa questão", disse Libânio.

A apresentação do projeto ao secretário João Macário foi acompanhada pelo diretor do Departamento de Defesa à Saúde (DDS), Dr. Edgard Barbosa, pela coordenadora geral de Epidemiologia da SMS, Adelaide Reys e por representantes dos setores de Sistema de Informação, de Análise de Dados Epidemiológicos e de Planejamento, além da consultora do MS para Alagoas, Cecília Guimarães.

Sempre receptivo às iniciativas que ampliem a qualidade dos serviços da saúde pública em Maceió, o secretário colocou a SMS à disposição do Ministério também nessa ação. A equipe técnica da Secretaria atuará em parceria não só na sensibilização dos profissionais por um diagnóstico mais preciso, mas também no levantamento desses dados, feito em hospitais e na Unidade de Emergência, e ainda no IML e em cemitérios, sejam eles oficiais ou clandestinos.

"O maior obstáculo a vencer, principalmente na precisão dos diagnósticos, será a correria do dia-a-dia, que acaba sobrecarregando os profissionais e influenciando esses registros. Mas será preciso cobrar e sensibilizar para promover melhorias também nesses índices", afirmou Macário.

Fonte: Secom/Maceió

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos