A coordenadora do Programa de Defesa do Consumidor (Procon) em Alagoas, Wedna Miranda volta a se reunir às 9 horas de hoje com representantes do Sindicato das Farmácias e os órgãos da Vigilância Sanitária Estadual e Municipal para discutir a questão da venda dos medicamentos fracionados.
Em reunião passada, Miranda expôs que o projeto para a venda destes medicamentos não tinha ficado claro na propaganda do Governo Federal e era necessário discussões para compreender melhor a lei. De imediato, Miranda esclareceu que as farmácias não eram obrigadas a vender os fracionados.
Segundo ela, após uma consulta à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ficou claro que não existe a obrigatoriedade. Ela considera que, assim, dificilmente o programa chegará a Alagoas, porque não despertou o interesse dos empresários. "O Procon não tem como garantir aos consumidores a venda fracionada dos remédios", concluiu.
Wedna Miranda reuniu-se – no dia 16 de julho – com Renê Gondim, coordenador da Inspetoria de Medicamentos e Cosméticos da Vigilância Sanitária Municipal, com quem discutiu detalhes da lei que permite a venda de medicamentos fracionados. Cabe à Vigilância autorizar as farmácias a fazerem esse tipo de comercialização.
Gondim disse que 33 medicamentos estão na lista daqueles que podem inicialmente ser vendidos de forma fracionada. Entre eles, estão expectorantes, hipertensivos, diuréticos e remédios para gastrite. "A medida é boa, tanto que já existe há 20 anos nos Estados Unidos. Mas, na minha opinião, deveria ter começado pelos medicamentos mais populares, que não precisam de retenção de receita", acrescentou.