Mais uma semana se passou e o parecer do vice-presidente Jurídico da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Orlando Lins, sobre a participação ou não de quatro clubes, na 2ª divisão, continua guardado a sete chaves. Esta semana a desculpa foi o afastamento do presidente da FAF, Raimundo Soares, por causa de problemas de saúde.
Sabe-se que a federação deseja que os nove clubes inscritos disputem o certame que, assim, ganhará mais consistência. A situação está sendo administrada nos bastidores e todos – exceto os times que querem menos concorrência – são favoráveis à participação dos nove inscritos.
Jeitinho brasileiro
Neste intervalo de tempo uma alternativa foi proposta e pode ser o divisor de águas da questão. Se a competição promover o acesso de dois times, ao invés de um, como está no regulamento, a chance da participação de todos se aproxima dos 100%. A competição está prevista para começar este mês, mas não há tabela, nem o número de participantes definidos.
Caso a federação aplicar o que manda Lei 9.625, de 1998, os clubes que entraram com representação, São Miguel, Igaci, Santa Rita e Universal realmente não terão o que alegar, já que um dos artigos da lei diz que o time precisa ter três anos de filiação e que tenha disputado pelo menos um campeonato neste período. Nenhum dos quatro clubes obedece aos critérios do que determina a lei, que foi posta para ser cumprida.
Por tanto, a decisão, que pode atender a gregos e troianos, com o acesso de dois clubes, será, na verdade, um ‘jeitinho brasileiro’, para apagar o fogo e ascender as chamas de uma competição que só tem a perder, caso o campeonato acabe virando um torneio de acesso, com apenas quatro clubes – Penedense, Capelense, 7 de Setembro, São Domingos e CEO – disputando uma única vaga.
Se os que desejam que a lei seja cumprida forem mais atentos, o acesso de dois clubes, com a participação de nove equipes, acaba aumentando as chances de chegar à elite do futebol alagoano. O parecer jurídico já está no papel, mas ainda não foi anunciado. Que o final de semana seja de reflexão para quem acusa e os que se defendem.
