Morte de folclorista evidencia doação de medula óssea

O folclorista Ranilson França, 53 anos, que faleceu na madrugada da última segunda-feira, é um exemplo, da importância da doação de medula. Com a doença diagnosticada há dois anos, esperava por um transplante, mas um doador compatível não foi encontrado.

Com isso, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) intensifica a campanha de doação de medula no estado onde equipes do percorrem cerca de 120 municípios durante as edições do Projeto Governo no Interior para alertar e incentivar os alagoanos sobre a doação da medula óssea.

Segundo a coordenadora geral do Hemoal, Alexandra Ludugero, o maior problema do transplante é a ausência de doador. “A falta de informação ainda é muito grande quanto à doação de medula óssea. Por isso, temos que realizar um trabalho educativo e de sensibilização”, diz.

O transplante ocorre de forma rápida e ainda de acordo com Alexandra, neste tipo de cirurgia retira-se apenas um pouco do líquido da medula, que será regenerado rapidamente e, no dia seguinte, o doador já retorna às suas atividades normais”, explica.

Na ocasião, o doador tem uma amostra da medula colhida e enviada a Curitiba para seja analisada. A partir de então, o resultado é enviado pelo Hemoal ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), no Rio de Janeiro, e caso seja encontrado alguém compatível, o doador é solicitado para que possa, efetivamente, realizar a doação.

Em razão de existirem dois procedimentos para a doação de medula óssea, o doador pode optar por aquela que ele sinta segurança. A primeira consiste em uma pequena punção direta na medula óssea ou por filtração de células-mãe que passam pelas veias, conhecida como aférese. A punção direta da medula é realizada com agulha, na região da nádega e retira-se uma quantidade suficiente para o procedimento do transplante. Para que o doador não sinta dor ele é anestesiado e, num período de 40 minutos, todo o procedimento já está concluído. No dia seguinte ele já pode retornar às suas atividades normais.

“Esse procedimento é mínimo, mas é um gesto que pode salvar alguém acometido por um câncer de medula. Infelizmente a probabilidade de alguém ser compatível com um paciente é pequena, daí porque, o apelo para que mais pessoas possam se conscientizar e tornarem-se doadoras”, salienta Marcio Galdino, acrescentado que “para tornar-se doador, o candidato deve ter bom estado de saúde, além de idade entre 18 e 55 anos”, destaca.

Doadores

E o trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar do Hemoal, coordenada pelo biólogo Márcio Galdino, responsável pelo laboratório de Imunogenética da instituição, já mostra os primeiros resultados positivos. Mesmo que ainda o percentual de doadores inscritos esteja longe do ideal, o número contabilizado já ultrapassa a casa dos 1.700 doadores em Alagoas.

“Mesmo sendo um procedimento fácil, rápido e que não deixa seqüelas no doador, é muito difícil encontrarmos um doador de medula óssea compatível. Por esta razão temos que agir como formiguinhas, visando levar ao conhecimento da sociedade a importância da doação de medula óssea. Quanto maior o número de doadores, maiores serão as chances daqueles que são vítimas da Leucemia serem salvos”, destaca Márcio Galdino, ao fazer sensibilizar os alagoanos para que procurem o Hemoal.

Fonte: Hemoal

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