“Eu quero ocupar a cadeira que se encontra vazia”, diz José Eymael

Alagoas 24 HorasEudo Freire e José Maria Eymael na coletiva do PSDC

Eudo Freire e José Maria Eymael na coletiva do PSDC

O candidato a Presidência da República, José Maria Eymael (PSDC) concedeu- agora há pouco – entrevista coletiva a imprensa alagoana. Na conversa com os jornalistas, o candidato falou sobre a concepção progamática do partido, em transformar o Brasil no que ele considera a Democracia Cristã e fez críticas ao modelo político e econômico implantado, tanto no Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quanto na atual gestão do presidente e candidato a reeleição Luis Inácio Lula da Silva (PT).

Para Eymael, a disputa polarizada para a Presidência da República é “a luta do mal contra o mal”. Eymael diz que o governado Fernando Henrique implantou um dos piores projetos que poderiam existir para o Brasil. “Enquanto isto, a esperança que era o Lula virou uma cópia piorada das práticas do PSDB”, colocou.

“Hoje o País passa por uma crise de competência e de autoridade. Não há ninguém sentado na cadeira da presidência. Não temos presidente. O Lula não possui autoridade para lidar com os problemas que surgem. Um exemplo disto é a questão do gás boliviano, quando presidente ainda se sentou e comemorou ao lado do carrasco. Estes escândalos que surgem no Congresso Nacional deixa claro que temos o pior parlamento de todos os tempos e ausência de um presidente de fato, que demonstre autoridade”.

Eymael questionou também a competência do presidente em aplicar políticas sociais e econômicas. “Nos últimos anos o Brasil acumulou um crescimento de 22,4%, enquanto o resto do mundo teve média de 46%. Somos o pior crescimento. A metade da média mundial. É preciso adotar políticas de desenvolvimento. O próximo presidente do País, que eu espero ser eu, tem tomar isto como missão de vida e transformar este Estado senhor, em servidor”, declarou.

O candidato do PSDC acredita que possui chances de chegar ao segundo turno e avalia da seguinte forma o atual cenário político: “O Lula se encontra na frente porque do outro lado há o PSDB, um modelo que a sociedade já rejeitou e não retornará mais. O Alckmin não estará no segundo turno. O modelo deles foi deixado de lado pela sociedade. Então, só aparece a continuidade do Lula, porque não surge uma nova alternativa. A partir do momento em que apresentarmos um projeto diferente, começaremos a crescer. É nisto que aposto”.

Eymael diz ainda que “dentro deste projeto que está sendo apresentado, mesmo com pouco tempo de mídia” está ocorrendo uma “revolução silenciosa”. “Antes de sair a rua de fato, já que a campanha começa agora, eu já conquistei 1% das intenções de voto. As famílias ainda não se decidiram. Venho colhendo depoimentos emocionados de pessoas que me reconhecem na rua e dizem, eu vou votar em Eymael, porque se identificam com o que estamos pregando. Um 1% são 1 milhão e 300 mil votos. Não é o suficiente para chegar a presidência, mas demonstra que está havendo uma revolução silenciosa na sociedade que tem cobrado de seus candidatos dois pontos fundamentais: passado e ética”, explicou.

Para Eymael este processo silencioso em torno de sua candidatura se dá porque as famílias estão medindo as propostas e o trabalho que já realizou cada candidato. “Eu fui um dos deputados que mais apresentei propostas na Constituição Federal. A maioria das conquistas dos trabalhadores são proposições minhas, como por exemplo, o aviso prévio. Muitos trabalhadores se espantam ao descobrir isto. Um dia destes encontrei uma eleitora que me perguntou: gostei das suas idéias, mas porque deve acreditar em você? Esta é a pergunta que os eleitores estão fazendo diante da crise ética e do pior Congresso Nacional da história. Então, ofereço o meu passado de luta pela formação da Democracia Cristão que prevê uma sociedade livre e justa. Como está presente nas emendas da Constituição Federal. Fui um dos constituintes”.

“O Geraldo Alckmin se orgulho de ter baixado o imposto do ICMS sobre o trigo. Imposto zero, ele fala. No entanto, ele só fez isto porque eu criei a lei do ICMS diferenciado para os produtos conforme a necessidade. Esta é a história de contribuições que tenho a oferecer”, destacou.

Campanha

José Maria Eymael fez duras críticas a forma desigual como os candidatos são expostos na mídia, principalmente no guia eleitoral gratuito. “Precisamos de um reforma política urgente, para garantir igualdade de condições para um debate de idéia. Nosso tempo de televisão é pouco, mas nossas palavras dizem a verdade e a população está percebendo isto. É o processo silencioso do qual falo”.

Quanto ao lema de campanha “Agora é comigo”, Eymael diz que a maioria dos candidatos passam uma mensagem “manchetária”, ou seja, uma frase criativa, mas vazia de conteúdo. “O Agora é comigo, vai além. É a nossa pior crise, então quando eu digo, agora é comigo, digo que a transformação é comigo e com os homens de bem desta nação. O País precisa de um presidente. A cadeira está vazia. Não há postura de líder no Lula, que deixe claro a autoridade. O Brasil precisa de um presidente que se imponha e imponha mecanismos de controle. Nada foi aplicado em infra-estrutura e desenvolvimento”.

“Eu tenho como missão de vida fazer o Brasil crescer, por isto que agora é comigo. Comigo e com os determinados, os decentes que vão reconstruir a História do Brasil”. Eymael defendeu que seu projeto de governo está centrado em objetivos claros que estimulem o crescimento e inserção social.

“Para iniciar a transformação do Estado e servidor do povo nós temos cinco ferramentas: transformar cargos comissionados e cargo de gestão, melhorando os serviços e criando independência. Acabaremos com cerca de 90% dos cargos comissionados; realizaremos auditorias independentes nas contas públicas da União; transformaremos os tributos em instrumento de desenvolvimento e inserção social, que o fim para o qual eles foram criados; e adotaremos um modelo de planejamento em que os conceitos antecedem as ações”.

O candidato acredita que com a adoção destes pontos básicos é possível chegar a três objetivos fundamentais para reversão do atual quadro, que ele considera um dos piores da História. “Primeiro, a obsessão pelo crescimento, com reformas tributárias, saindo deste modelo suicida. A partir daí investir no turismo, que é fomento de desenvolvimento e em infra-estrutura, que há 12 anos não vê investimentos”, colocou.

O segundo ponto – conforme Eymael – é investir em políticas de segurança pública. “Criaremos um Ministério da Segurança Pública e um plano nacional de estratégias para a área, com capacitação de agentes e um plano habitacional exclusivo para policiais. Temos que tirar os nossos policiais das favelas. Eles moram ao lado da marginalidade e tem que se esconder, colocando em risco a vida da família”. O último ponto chave do projeto de governo é o acesso universal e real a Educação e Saúde, no Brasil.

Conforme o candidato Eymael, seu projeto de governo, aos poucos vai mostrar para a sociedade que “na luta do mal contra o mal, ainda há uma esperança para o desenvolvimento no Estado”.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos