16,1% da população em Alagoas luta por inclusão social

Alagoas24horasSalas são adaptadas para o tratamento infanto-juvenil

Salas são adaptadas para o tratamento infanto-juvenil

Deficientes físicos e mentais somam 16,1% da população do Estado de Alagoas e ainda sofrem com exclusão social, falta de políticas públicas específicas, sem falar nas dificuldades de ter tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida.

As informações são do presidente da Associação Pestalozzi de Maceió, Renato Soares, que inaugurou hoje o Serviço de Estimulação Sensorial para crianças e adolescentes até 14 anos.

A nova unidade funciona no prédio da rua Comendador Firmo Lopes, 199, no Farol. Com 15 salas adaptadas para o tratamento infanto-juvenil, a clínica terá uma demanda ainda não determinada e será essencial no tratamento de pessoas com deficiências, já que a associação também conta com outras cinco clínicas de saúde, duas escolas e uma unidade voltada para o ensino profissionalizante.

“A gente tem mais alunos com deficiência do que todo o Governo, contando com as escolas de todo o Estado”, disse Renato Soares. Segundo o presidente, as escolas atendem cerca de 300 alunos e as unidades médicas fazem 70 mil procedimentos durante todo o ano, em 32 especialidades.

As pessoas com deficiência ainda recebem aulas de informática, balé, capoeira, coco-de-roda e até dançam quadrilha. “O atendimento daqui é muito bom. Minha neta chegou aqui com dois anos, sem falar, nem sentar. Hoje ela tem seis anos e já está na escola. É assim com várias crianças aqui”, disse Solange do Nascimento, 48.

Tratamento

O tratamento de crianças e jovens deficientes de Alagoas será beneficiado com o Serviço de Estimulação Sensorial. O novo sistema visa desenvolver as diferentes formas perceptivas e sensoriais das crianças com deficiência, ajudando na comunicação e relação com o mundo.

A ação integra as comemorações da Semana Estadual das Pessoas com Deficiência e na nova sede terá uma equipe com pediatria, neuro-pediatria, psiquiatria, fisioterapia, terapia ocupacional, snoezelen (senso perceptivo), psicologia, psicopedagogia, serviço social, fonoaudiologia, enfermagem e oficina terapêutica fará o atendimento das crianças.

Na sala snoezelen, a primeira do Estado de Alagoas, as crianças terão os cinco sentidos estimulados. “É para que as crianças tenham curiosidade e queiram interagir para aumentar a vontade e o ânimo para continuar o tratamento”, disse a terapeuta ocupacional Heloísa Ferreira, que trouxe a idéia de Portugal.

No próximo mês, a Pestalozzi inaugura uma escola para cerca de 300 adolescentes com deficiência mental em frente a Igreja Santa Rita, também no Farol.

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