PRT faz acordo com Estado, que deve lançar novo concurso até novembro

Alagoas 24 HorasProcurador do Trabalho concede coletiva para explicar situação de monitores

Procurador do Trabalho concede coletiva para explicar situação de monitores

Um acordo firmado entre a Procuradoria Regional do Trabalho e o Governo do Estado de Alagoas colocou um ponto final no impasse sobre a contratação de monitores e bolsistas para suprir a carência de professores.

Com o acordo, ficam canceladas as duas ações que corriam no Tribunal Regional do Trabalho contra o Governo e também fica cancelada a última seleção de monitores feita pela Secretaria Executiva de Educação, em junho.

No TRT, estavam a ação que suspendia o último processo seletivo e que pedia o afastamento de todos os monitores e bolsistas, alegando que o Estado deixava de contratar funcionários efetivos para fazer contratos temporários.

“O acordo firma três pontos básicos, a garantia da investidura em cargos públicos com o concurso; garante que a seleção de monitores só voltará a acontecer quando não houver mais concursados aptos a serem chamados; e muda o modelo de seleção, que antes era feito com a análise curricular e agora passará a ser com provas objetivas, para evitar formas de favorecimento”, explicou o procurador regional, Luciano Carlesso.

Com o acordo, o Estado fica obrigado a publicar um edital de concurso público até o dia 30 de novembro para suprir vagas existentes nas escolas estaduais. O concurso deverá ser homologado até junho de 2007. “O Estado decidirá a data das provas e quando chamará os aprovados, mas deve cumprir o estabelecido no acordo ou pagará multa de 100 mil reais”, afirmou Carlesso, acrescentando que, entre 1986 a 2005 só foram feitos três concursos.

Outro ponto acordado foi que o Estado deverá afastar todos os monitores ou bolsistas já contratados até o dia 31 de dezembro e a multa é de mil reais por pessoa contratada irregularmente.

“Nós faremos fiscalizações e também investigaremos denúncias. Como no último concurso, realizado em 2005, não houve candidatos aprovados para suprir todas as vagas, o Estado poderá fazer outra seleção, que deve acontecer em breve, mas terá que seguir o novo modelo, com a aplicação de provas objetivas”, esclareceu o procurador.

Em 2005, o concurso ofereceu cinco mil vagas, mas apenas 2.225 pessoas foram aprovadas. Para suprir as outras, a secretaria lançou um processo de seleção em junho. A seleção tinha a intenção de contratar quase dois mil monitores, para preencher vagas nas disciplinas de Matemática, Física, Português, Ciências, Inglês, Biologia e Espanhol. Entretanto, cerca de um mês depois, a Procuradoria Regional do Trabalho entrou com uma liminar, que foi aprovada pelo juiz João Leite e impediu a contratação.

Com o acordo firmado, o Estado poderá lançar um novo processo de seleção em paralelo com um edital de concurso público, garantindo a continuidade do ensino, que, segundo a Secretaria Executiva de Educação, atualmente utiliza cerca de dois mil monitores e mais de vinte mil professores.

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