Clima de tensão entre PMs e Bombeiros

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A falta de vagas no estacionamento do Quartel Geral da Polícia Militar causou, na manha de hoje, uma confusão entre Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

O instrutor do Corpo de Bombeiros, tenente Bruno, que ministra aula para os alunos do Curso de Formação de Oficiais (CFO), estacionou seu carro na única vaga que estava disponível no local, que pertencia ao coronel Sarmento, da Polícia Militar.

Segundo informações de alguns bombeiros, ao chegar na corporação, o coronel identificou que sua vaga já teria sido preenchida e ordenou, imediatamente, que murchassem todos os pneus do veículo. “A vaga não tinha identificação que pertencia ao oficial e qualquer pessoa poderia estacionar. Então, o tenente informou à corporação o que estava acontecendo e vários oficiais se deslocaram até o quartel”, afirma um oficial do Corpo de Bombeiros, que não quis ser identificado.

Ainda de acordo com outros bombeiros, quatro viaturas do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foram acionadas e impediram a entrada de capitães, soldados e tenentes, inclusive do capitão Carlos Buriti, que se mostrava indignado com a situação. Apenas os coronéis tiveram permissão de entrar e realizar uma reunião com o Comando Geral da Policia Militar.

Na reunião, coronel Sarmento se desculpou, afirmando que não sabia que o veículo pertencia ao tenente. Segundo informações da assessoria da PM, será aberta uma sindicância para apurar o fato e, caso seja necessário, penalizar os culpados pelo ocorrido.

O tenente Bruno está mobilizando um advogado para entrar com processo contra o oficial da PM. A partir de amanhã, capitão Buriti, tenente Bruno e outros oficiais estarão entregando as documentações renunciando ao cargo de instrutor do CFO.

Tensão

Integrantes do Corpo de Bombeiros afirmam que, durante quatro meses, vivem em clima de discórdia e tensão com a PM, devido à Lei de Ensino, criada pelos Bombeiros e que permite a promoção de um soldado para cabo em três anos, através de concursos internos.

Segundo informações de um oficial – que não quis se identificar, o projeto já foi aprovado pela Procuradoria Geral do Estado, mas teria sido engavetado quando chegou ao Gabinete Militar do Palácio.

“Eles não têm interesse na expedição dessa lei, pois se os Bombeiros tiverem esse beneficio, os PMs também vão reivindicar as melhorias. Um soldado PM para se tornar Cabo passa 10 anos; e Sargento mais 5. Estamos emancipados da PM desde 1994 e ainda sofremos censuras da corporação”, afirmou o oficial.

O Alagoas 24 Horas entrou em contato com o responsável pelo Gabinete Militar do Palácio, que afirmou que o processo está em andamento e segue os tramites normais.

“Não há nenhuma razão para o gabinete vetar o projeto e nem cabe a nós fazer juízo jurídico. O conteúdo do processo já foi informado ao governador, que encaminhado para os Bombeiros para fazer algumas correções. A nossa função é colaborar e não dificultar o andamento do processo”, afirma o secretário do Gabinete Militar, coronel Edmilson.

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