Mãe mantinha filha de 12 anos dentro de guarda-roupa

Alagoas24horasPoliciais chegaram à casa da menor após denúncia do Conselho Tutelar da 7ª Região

Policiais chegaram à casa da menor após denúncia do Conselho Tutelar da 7ª Região

A denúncia de que uma mãe manteria um de seus filhos em cárcere privado levou o Conselho Tutelar da 7ª Região à casa de Maria Cícera Simões Coelho de Jesus, no Village Campestre II. Ela mantinha sua filha de 12 anos, R.S.C., dentro do guarda-roupa alegando estar tentando protegê-la.

Há aproximadamente quatro meses Maria Cícera, que é evangélica, começou a ter mudança de comportamento. Segundo o conselheiro tutelar Emanuel Monteiro, a informação passada por Maria Cícera era de que seu filho de 16 anos de idade – que tem problemas mentais – teria tentado estuprar a irmã e a partir daí começou de todas as formas tentar proteger a filha.

“Ela mantinha a filha de 12 anos em casa dentro do guarda-roupa. Há cerca de quatro a mãe não deixava a menor freqüentar a escola, nem ir para a rua. A família toda, aparentemente, sofre de problemas mentais. A criança ficava dentro de um guarda-roupa que não tem porta, apenas um pedaço de papelão cobrindo a abertura”, explicou o conselheiro.

De acordo com uma irmã de Maria Cícera, Maria Antônia Coelho dos Santos, a denúncia ao Conselho Tutelar foi feita pela própria família que não agüentava mais a forma as quatro crianças estavam sendo criadas.

“Depois da tentativa de estupro, R.S.C. entrou em depressão, não querendo sair de casa e Cícera começou a tentar proteger a filha. Ela mudou completamente de comportamento. Já havia um problema com J.S.C. de 16, que tinha crises e agredia a família e vizinhos. Queremos que ela tenha um tratamento e como ela não vai por vontade própria resolvemos denunciar no Conselho Tutelar”, completou a irmã.

Maria Cícera mora em uma pequena casa com condições precárias no conjunto Village Campestre com o marido e os quatro filhos (duas meninas de 17 e 12 anos e dois meninos de 16 e 10 anos).

Segundo Emanuel Monteiro, toda a família está sendo encaminhada para o Hospital Psiquiátrico Portugal Ramalho para uma avaliação. “Após a avaliação psiquiátrica resolveremos que procedimento será adotado. Acreditamos que este comportamento adotado pela mãe é oriundo de problemas mentais, porque ela criou uma imagem de que o guarda-roupa era o lugar mais seguro para a filha”, ressaltou.

Para os pais dos menores, não havia cárcere privado. “R.S.C. apenas gostava de ficar dentro do guarda-roupa”, afirmou o pai.

Conselho Tutelar

Os conselheiros tutelares da 7ª Região estiveram na noite de ontem na casa de Maria Cícera para tentar um primeiro contato com a família. No local presenciaram a menor de 12 anos dentro do guarda-roupa.

“Como não estávamos com o aparato necessário, tivemos que ir embora e retornar hoje pela manhã com policiais do 5º Batalhão de Polícia Militar, Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente e equipes do Samu para qualquer eventualidade. A família conseguiu fugir do local, mas a encontramos e vamos tomas as medidas necessárias para melhorar a vida dessas crianças”, completou.

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