O governo de Alagoas deverá iniciar no final de novembro a construção do maior complexo habitacional do Estado, beneficiando mais de 50 mil pessoas. A iniciativa atende a uma parceria firmada com a Caixa Econômica Federal.
Serão 3 mil casas em municípios da região metropolitana e 6 mil no interior, sendo 500 em Arapiraca, por meio do Programa Habitacional de Operações Coletivas. Na segunda semana de outubro será assinado um protocolo de intenções para a instalação da fábrica de PVC Vipal, em Marechal Deodoro, empresa responsável pelas obras de 3 mil, das 9 mil unidades previstas.
As outras unidades serão feitas na forma convencional, em bloco e cimento. Na próxima semana, a Secretaria Coordenadora de Infra-estrutura vai publicar no Diário Oficial do Estado os editais de licitação para o início das construções em Maceió, Rio Largo e Arapiraca. Os demais editais serão publicados posteriormente.
A diretora-presidente da Agência Alagoana de Habitação e Urbanismo, Iara Lane, que visitou a sede da Vipal no Rio Grande do Sul para conhecer o método utilizado em construções à base de PVC, acredita que a vinda da empresa para Alagoas será mais uma alternativa para o Estado, além de incentivar a geração de emprego e renda.
“Nossa intenção é sermos um grande pólo de PVC para o Nordeste, porque esse tipo de material é uma nova tecnologia por conta da qualidade do produto e do tipo de revestimento”, completou Iara Lane.
Com a instalação da Vipal, a empresa deverá investir em Alagoas US$ 1,5 milhão e gerar cerca de 60 empregos, segundo o secretário executivo de Indústria e Comércio, Alberto Cabús. “Essa implantação da fábrica em nosso Estado vai reforçar os Arranjos Produtivos Locais (APL) químico-plástico, com a construção de casas com esse tipo de material fabricado pela Braskem”.
A construção das casas pela Caixa Econômica Federal faz parte de um contrato assinado no final do ano passado com o governo de Alagoas, avaliado em R$ 87 milhões. O contrato garantiu à Caixa a operação das contas-salário de todos os servidores públicos estaduais.
Do valor total do contrato, R$ 44,4 milhões foram destinados ao pagamento de dívidas pendentes com fornecedores do Estado, além de conclusão de obras pendentes. Os R$ 43 milhões restantes seriam convertidos na construção das nove mil casas, considerado o maior programa habitacional do Estado.
