Presidente do TSE afirma que recebeu ameaça de morte

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Marco Aurélio Mello, reconheceu neste sábado que recebeu ameaça de morte em mensagem enviada por e-mail, sem especificar a data da mensagem –que teria sido encaminhada neste mês. O teor do e-mail afirmava, segundo o ministro, que se ele morreria se saísse às ruas.

"Na ocasião, eu deletei o e-mail para evitar o contato de meus familiares. A mensagem dizia que eu morreria", afirmou.

A segurança do presidente do TSE foi reforçada no período eleitoral diante da ameaça.

Segundo Mello, o ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) colocou o governo à sua disposição para o reforço da segurança. O presidente do TSE, no entanto, optou pelo reforço montado pelo próprio tribunal, que solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal homens da Polícia Militar e da Polícia Civil.

"Eu não quis adotar sistema de proteção, mas a segurança institucional. O TSE buscou e lançou mão daqueles que no Distrito Federal nos devem segurança", ressaltou.

O ministro enfatizou que nenhuma ameaça terá força para mudar sua atuação à frente do TSE. "Eu não me sinto ameaçado e ameaça não me dobrará."

Mello evitou apontar o responsável pela ameaça. Reconheceu que vem sendo acusado por "algumas pessoas" de atuar parcialmente no TSE, acumulando a sua função de presidente do Tribunal com a de juiz –o que teria extravasado o seu campo de atuação. Mas preferiu atribuir a "apaixonados" a ameaça. "Imagino que [a ameaça] parte de uma dessas pessoas apaixonadas e não do próprio governo", disse.

Desde que o TSE decidiu abrir processo de investigação para apurar a compra do dossiê contra candidatos tucanos, ao acatar pedido protocolado pela coligação do PSDB-PFL, Mello vem sendo acusado de imparcialidade no caso.

O presidente do TSE reagiu com bom-humor à ameaça e ao reforço em sua segurança pessoal. "Cheguei a receber o telefonema de um vidente me advertindo, muito embora eu acho que tenha o corpo fechado.(…) Por isso, estou com a minha liberdade cerceada."

Fonte: Folha Online, em Brasília

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